Pescaria e novidades do rio Mondego.

Pescaria e novidades do rio Mondego.

Depois de uma primeira tentativa sem resultados no rio Côa, estava na altura de visitar outro baluarte da pesca às trutas na zona da Guarda; o Mondego. Mais uma vez, expectativas muito baixas! Era Domingo (14 de Março de 2010) e a temperatura às 9 horas era da ordem dos dois graus centigrados acentuada por um forte vento de leste que entrava com rajadas fortes. Enfim, o cenário ideal para 1 hora a bater dentes e lançamentos dificeis. Senão fosse a presença constante do sol, penso que nem se conseguia pescar.

O nosso local de destino foi o Porto da Carne, pensando numa pescaria para montante. Antecipando que na vespera vários pescadores já por lá tinham passado, decidi mais uma vez apostar nos peixes artificiais numa combinação tripla de rapala cd-3, X-Rap e Salmo. O rio estava com pouca corrente e portanto a barragem do Caldeirão devia ter parado o débito durante a madrugada. Isto, porque as margens estavam bem limpas devido à passagem da água durante a noite. Fui fazendo os primeiros açudes e nem sinal de truta. Só passado 1h30, vi a primeira truta a correr atrás do salmo – tinha cerca de 27 cm. Deu duas corridas, tentando empurrar a amostra com o nariz e nada mais. Mal tinha acabado de visualizar esta truta, o rio começa a subir e as correntes começam a engrossar. A Barragem do Caldeirão tinha sido aberta. Perante este cenário, deixava de ser possível pescar nas correntes (foto abaixo) e só os açudes ofereciam algumas condições para a pesca.

Bem, comecei a palmilhar rio e lá encontrei um amigo pescador à minhoca. A conversa lá seguiu para as capturas e contou-me que este ano tinha tirado menos de metade das trutas do ano passado à minhoca. As dificeis condições de pesca do inicio do ano não tinham deixado fazer melhor e as suas expectativas estavam colocadas no mês de Abril. Também me deu a informação de que um colega seu tinha perdido uma truta de 2 a 3 kg num poço do Zêzere em Valhelhas. Parece que este troféu conseguiu abrir o destorcedor da colher. Enfim, já não é a primeira história de grandes trutas nessa zona. Valhelhas é claramente um daqueles mistérios que ainda não consegui decifrar, pois já tive outro relato de uma captura bem sucedida de 2,7 kg. Aonde é que se escondem estes troféus, se nesta zona existem muitas correntes e tão poucos poços decentes?

Com esta conversa para animar, ainda fiz mais duas horitas de pesca. Lá mexeu mais uma truta atrás do salmo, mas sem grande apetite. O veredito estava traçado. Não valia a pena perder mais tempo. Ás 13 horas, almocei e fiz-me á estrada. O Eng. José Pintalhão ainda me ligou do Alvoco a perguntar pelas trutas. Por lá também nada mexeu. As condições estavam muito dificeis. Voltarei em Abril com outro cenário. Entretanto vou tentar andar afastado dos rios de montanha :).

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Informação sobre o autor

Pescador de trutas desde os 18 anos. Tem uma forte dedicação ao spinning com colher e peixes artificiais, tendo pescado em Portugal, Espanha e no Reino Unido. Actualmente, pesca sobretudo na zona do Minho, Gerês e Centro do país.