Trutas ao saltão no Rio Beça.

Trutas ao saltão no Rio Beça.

Chegados a Agosto, e com o fecho da temporada, sobram alguns poucos locais onde ainda se podem pescar as nossas bravas trutas. Por entre esses locais mágicos, encontra-se um famoso rio truteiro da zona do Barroso que é o Beça. Já conhecido doutras aventuras, este é um rio que reserva sempre surpresas, mesmo com caudais bastante reduzidos, como é o caso actual. E as surpresas são boas, de acordo com as últimas informações que nos chegaram!

Em virtude de uma deslocação a Bragança, durante o final da semana passada para realizar uma espera ao javali, encontrei o Sr. Torres Pereira, companheiro e amigo das aventuras às trutas. Lá lhe perguntei pelas trutas e rápidamente ele começou a abrir o livro. Com o Agosto no seu máximo e sem correntes fortes, as trutas do Beça estão neste momento nos poços mais fundos e alimentam-se sobretudo de manhã e ao final da tarde. Nestas alturas, a maioria das trutas aparece a mosquear de forma intensiva e bastante selectiva. Escusado será dizer que o spinning não faz qualquer sentido nestas condições e portanto, a melhor opção para ter algum sucesso são os iscos naturais, nomeadamente o gafanhoto.

Os bons resultados estão à vista. Em poucos menos de 3 horas de pesca e ao final da tarde, têm-se realizado boas pescarias de 5 e mais trutas, e com tamanhos médios superiores a 25 cm. Obviamente que capturas deste gabarito só têm sido conseguidas por pescadores com uma técnica bastante apurada a vários níveis: aproximação das margens, apresentação do isco, cravagem, etc. Para este tipo de pesca, o pescador tem que estar muito concentrado e deve abster-se de comportamentos nervosos. É preciso deixar a truta levar o gafanhoto e depois deve-se contar até 10 (lentamente) 🙂

Fica aqui esta informação para aqueles de nós que estão no Alto Barroso ou nas proximidades e que querem tentar a sua sorte. As trutas estão lá, sobretudo na parte alta do rio Beça. Agora é tudo uma questão de afinar a técnica e esperar que elas estejam dispostas a morder. Não se esqueçam que o final da tarde tende a ser a altura mais produtiva para o gafanhoto.

Boas pescarias!

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Informação sobre o autor

Pescador de trutas desde os 18 anos. Tem uma forte dedicação ao spinning com colher e peixes artificiais, tendo pescado em Portugal, Espanha e no Reino Unido. Actualmente, pesca sobretudo na zona do Minho, Gerês e Centro do país.