Apesar de já ter sido publicado no final do ano passado, só agora chegou às nossas mãos um documento oficial que realiza um estudo alargado sobre a importância da pesca desportiva a nível nacional. O seu título “Pesca Desportiva em Albufeiras do Centro e Sul de Portugal: Contribuição para a Redução da Eutrofização via BioManipulação” é bastante específico e numa primeira análise não deixa transparecer a importância deste estudo em termos da radiografia que realiza a vários níveis sobre o sector da pesca desportiva nacional, incluindo a pesca à truta. O estudo foi realizado na sua maioria por investigadores do Instituto Superior de Agronomia.
Consideramos que esta tentativa de caracterização deste sector é um primeiro legado importante para criar as condições necessárias a uma maior afirmação de um sector com relevante impacto económico e social. Acreditamos que só uma maior compreensão e publicitação do papel que a pesca tem na sociedade actual conseguirá garantir a sobrevivência e crescimento deste desporto, nas suas diversas vertentes. A pesca à truta aqui também terá o seu papel e ao longo do relatório aparecem várias referências a esta versão bastante peculiar da pesca desportiva.
Para aqueles que queiram aceder a este estudo, ele pode ser visualizado abaixo:
Pensamos que todos os pescadores podem ter um especial interesse em conhecer um pouco mais sobre a actividade que praticam, sobretudo quando se trata de informação científica e como tal, potencialmente credível. O conhecimento só nos ajudará a ter uma postura mais responsável, de forma a defendermos os nossos interesses com maior eficácia.
Interessa, sobretudo, termos um Portugal com mais e melhor pesca para todos 🙂

Caros colegas,
É sem duvida um estudo de uma relevante importância,sobretudo para reflexão;muito obrigado pela sua publicação!
A pesca das trutas em Portugal tem andado pelas ruas da amargura,acima de tudo muito devido a uma legislação obsoleta e sem qualquer fundamento adequado à realidade dos dias de hoje,mas também pela falta de união dos pescadores nomeadamente pela defesa dos seus interesses.
Não tem havido vontade por parte dos nossos sucessivos governantes,nem sensibilidade,para alterar uma lei com 50 anos desajustada à realidade dos dias de hoje.
Por exemplo,não se compreende que uma entidade como o ICNB-IP,sob o manto obscuro de uma revisão do plano de ordenamento do PNPG venha proibir as pesca de trutas numa área por excelência para a sua prática, com o argumento da defesa da espécie e meio ambiente,mesmo em zona de protecção tipo I e II.
Isto é de uma falta de conhecimento,já para não dizer de má fé,por parte dos responsáveis do ICNB para a realidade do mundo da pesca das trutas.
Bastava que nas zonas que anteriormente estavam abertas se proibisse a pesca com morte e a mesma fosse exercida mediante supervisão do Parque,pois eles tem guardas da natureza,pagos pelos nossos impostos e quem conhece muito bem o Parque sabe perfeitamente seria muito fácil controlar as linhas de água,pois elas inserem-se em encostas escarpadas quase todas vigiadas por torres de controlo colocadas em pontos estratégicos da serra.
Já por outro lado a caça tem vindo a ser privilegiada por parte do ICNB nas mesmas zonas referidas,e esta bem mais gravosa para o ambiente e dou como exemplo os vários invólucros de cartuchos deixados pela serra fora onde o meio ambiente levará décadas a decompor…segue-riam-se vários exemplos…mas não,os pescadores é que são os destruidores do meio ambiente!…e aqueles que pescam sem morte,como eu e muitos que eu conheço?…serão estes,juntamente com com aqueles(muito poucos) que cumprem as regras,os destruidores?
Em suma,se não se fizer nada já,em poucos anos deixaremos de ter trutas autóctones nos nossos rios….
Abraço,
João Dias