Bem conhecido dos pescadores de trutas, este é um grande rio com enorme potencial truteiro e que tem figurado em vários posts publicados neste site. A capacidade do rio Côa para produzir grandes troféus já é famosa e todos os anos os pescadores deparam-se com surpresas bastante agradáveis ao longo das suas margens.
Mais recentemente, o rio tem vindo a ser praticamente abandonado pelas entidades responsáveis e, como tal, os pescadores têm vindo a assumir um papel cada vez mais pro-activo na sua gestão. Com a poluição e a pressão de pesca a aumentar, têm que ser os pescadores a organizar-se para manter um recurso tão valioso como é a truta. Assim, já existem, neste momento duas concessões de pesca desportiva a funcionar: Quadrazais e Sabugal, às quais se vem juntar uma nova, com base em alvará de 23 de Agosto de 2011.
Estamos a falar da concessão de pesca desportiva da zona da Rapoula do Côa, que estará limitada, a montante, pela Ponte de Roque Amador, e a jusante pela foz da Ribeira de Boi. Esta é mais uma concessão de pesca com preços simbólicos e quotas atribuídas para as diferentes classes de pescadores (locais, regionais ou nacionais), e destina-se sobretudo à pesca à truta, pois a época hábil está localizada entre o 1 de Março e o 31 de Julho. Esta concessão será gerida pela Associação de Caça e Pesca dos Amigos do Cró e visa sobretudo controlar a pressão de pesca exercida neste troço do rio e simultaneamente promover uma maior responsabilização dos pescadores da zona na gestão do património truteiro.
Para melhor conhecimento das condições e extensão da concessão, podem consultar o ficheiro abaixo:
Para aqueles que costumam pescar no Rio Côa, esta informação é bastante importante e convém tê-la em conta para a próxima época, de modo a evitar surpresas desagradáveis quando planeiem as vossas jornadas de pesca.
Esperemos sobretudo, que esta concessão se traduza numa melhoria da qualidade da água na zona e também na densidade e qualidade das trutas (património genético) que habitam na região. Só assim poderemos entender a realização deste tipo de iniciativas, que nunca devem avançar no sentido de criação de coutadas privadas, onde só meia dúzia praticam uma pesca sem escrúpulos.
Não acreditamos que essa seja a motivação desta iniciativa, mas se esse for o caso, estaremos aqui para denunciar. O rio Côa merece o nosso melhor carinho e atenção 🙂

Mais uma! Vai ser tudo reservado daki a uns anos é como a caça quem quer pescar tem que pagar. Alguem me pode indicar como posso alterar a minha password da conta deste site.?oBRIGADO E ABRAÇOS.
🙂
Pois é João. Menos água livre no Côa … pode ser que também apareçam mais umas trutitas.
Podes alterar a password do site entrando no menu do utilizador via opções, e depois seleccionando O seu perfil ou Perfil. Lá deves ter um espaço para alterar a password.
Abraço,
Sou pescador por passatempo, e encaro como tal, a pratica da mesma como uma actividade lúdica, de descontracção e contacto com a natureza, praticando sempre uma pesca sem morte. Por este motivo, fico severamente apreensivo com o aumento exponencial destas concessões, já que por detrás da ideia de protecção da fauna piscícola esconde-se o verdadeiro propósito destas concessões, que mais não é que a criação de coutadas particulares para uso e abuso de apenas alguns, ou de “praticantes profissionais federados”. Com estas medidas, cada vez mais se torna difícil a pratica lúdica e amadora da pesca. Já não faltará muito tempo para que a pratica da pesca no nosso pais se torne inviável, se não for pela via pecuniária cobrada, será pelas condições e locais para obtenção da licença diária ou limitação numérica. Os rios do nosso país são de todos os portugueses, não faz qualquer sentido que alguém por exemplo residente em Coimbra e queira ir pescar ao Coa num passeio de domingo não o possa realizar, já que para tal teria que previamente com alguns dias deslocar-se ao concessionário para adquirir licença (sem certeza se ainda disponível). O que vai acabar por acontecer é que vai deixar de haver fluxo e viagens de pescadores pelo nosso pais, cada um só vai poder pescar nos rios da sua zona (se for um dos eleitos). Chamo ainda a atenção, que a degradação da fauna dos nossos rios deve-se sobretudo a uma questão de mentalidade e civismo, o verdadeiro pescador pratica uma pesca com o mínimo de impacto para o ecosistema e sempre que possível sem morte, acreditando como acredito que a maior parte dos praticantes de pesca de lazer se enquadram nesse grupo, a razia que os nossos rios vão apresentando devem-se a outros factores exógenos a pesca de lazer.
Caros colegas,
Não escondo que sou frequentador e a favor da atribuição destas concessões, desde que as mesmas sejam geridas com isenção e sem compadrios, que as mesmas incluam obrigatoriamente tramos de abrigo e, pelo menos, um tramo com pesca sem morte. Da mesma forma que defendo que devam existir tramos com morte, para aqueles que gostam de trazer trutas para casa(eu próprio, em tempos, já trouxe a minha parte)mas com números de capturas muito reduzidos.
Sou frequentador destes tipos de concessões à já largos anos e tenho uma opinião bem formada sobre elas-a maioria das que estão entregues a clubes e associações não passam de uma farsa,onde só pesca quem os seus gestores querem, mas mais grave do que isso, é o problema dos cadernos de encargos a que estão obrigadas a cumprir, e serviram de base à sua atribuição. Qualquer pescador mais informado sabe que um dos requisitos fundamental na atribuição de uma concessão é o seu zelo….(e não me queria alongar mais aos requisitos, as reticencias deixam antever o resto)
Só conheço uma concessão que funciona quase na perfeição, a do Rio Olo,em Vila Real / Mondim de Basto, onde a divisão dos tramos inclui pesca com morte, pesca sem morte,tramos de reserva,tramos de repouso e uma enorme sensibilização ambiental, com placas espalhadas pelos largos quilómetros que a compõem.
Porém, já visitei outras que pelo simples facto de eu ter chamado à atenção de ilegalidades, com vedações a entrarem pelo rio dentro ou ainda, por exemplo, com cães soltos, ter sido discriminado e riscado das pessoas a quem não se passam licenças. E digo mais, são pessoas que praticam pesca sem morte tal como eu.
Visitei outra, em que o posto da GNR se situa (50 m)em frente a um tramo sem morte. No fim de uma jornada perguntei a um adolescente, que brincava nas redondezas, se há muitas trutas? ele responde-o meu tio todos os dias ao fim da tarde tira sempre duas ou três. Por aqui se vê como vai o estado da fiscalização(não, não estava sozinho Zé Macedo estava comigo)
Relativamente ao post apresentado, esperemos que esta seja diferente das muitas já viciadas que por ai proliferam.
Triste País mais triste ainda, tristes caçadores de trutas que não percebem da riqueza que as suas terras possuem, destruindo um bem que podiam aproveitar como turismo desportivo…”asnos”!
Até breve…
Abraço,
João Dias