2 horas no Vez … abertura 2012.

2 horas no Vez … abertura 2012.

Depois de uma visita totalmente infrutífera ao Lima, devido ao caudal exagerado que o mesmo apresentava no troço a jusante de Touvedo, resolvemos avançar para o Vez na sua zona mais baixa, à espera de encontrar algumas zonas que tivessem escapado aos pescadores matinais. Eram 15 horas e o grupo da abertura (eu, Dr. Sousa Rodrigues, Reinaldo e Dr. Manuel) avançou para mais esta jornada junto da Ponte do IC.

A ideia era bater o troço entre o açude imediatamente a jusante da ponte do IC e aquele que se encontra a montante. Atendendo à boa sequência de poços e correntes, aquele poderia ser um bom lugar para dar umas trutas, especialmente senão tivessem passado por ali muitos pescadores. Alguns já tinham passado de certeza, pois não faltavam pegadas na margem. Eu avancei com a minha cana de 1,2 metros, fio 0,12 da Fendreel e mepps Aglia nº1. Atendendo à elevada visibilidade da água e baixo nível da mesma, convinha pescar super light.

Dividimos a equipa pelas duas margens, eu ficaria com o Reinaldo que estava ao Rapala (X-Rap) e o Dr. Sousa Rodrigues iria pelo outro lado com o Dr. Manuel. O rapala parecia-me exagerado para as condições do rio, mas de qualquer forma deixo o Reinaldo tentar a sua sorte. Como nós sabemos, nunca se sabe o que elas verdadeiramente querem até que abrem a boca 🙂

Os primeiros lançamentos surgiram nos recantos debaixo das árvores e nada mexeu. Nem sinal de peixe! A água estava mais quente do que no Coura, mas mesmo assim fria. Lá fomos avançando, e quando cheguei a uma entrada de dois regos na margem esquerda, lancei para montante de forma cruzada, onde uma zona de areia começava a desaparecer para dar lugar a um poço. A colher cai e vejo um vulto a correr super rápido para a amostra … Pensei que ia atacar logo, mas nada … a colher continua a correr e sinto um ligeiro toque na linha … lá mais à frente a truta endiabrada a correr para a esquerda e direita … atraso a recuperação, ela abre a boca, cravo e ela salta fora de água, cuspindo a colher cerca de 2 metros no ar. Que espectáculo 🙂 Ainda me saíram dois ou três palavrões, mas fiquei siderado com aquele momento .. Lá foi a truta de 30 cm à sua vida … ela já tinha ganho o dia e eu tive que ouvir o Reinaldo a dar-me baile. É o que dar levar amigos à pesca!

Bem lá fomos, continuando a bater a margem. Durante mais de uma hora, nem eu, nem o Reinaldo tivemos um toque. Ainda vi algumas trutas pequenas encostadas à margem, mas nada de jeito. Entretanto, e durante esta hora, o Dr. Sousa Rodrigues já tinha feito a maratona e já estava no açude à nossa frente. Dirigi-me para lá e depois de uma breve conversa, perguntei-lhe se tinha batido os dois açudes ou só um. Ele disse-me que tinha batido só um e eu disse-lhe para ir ao outro. Não quis!

Com alguns pescadores da minhoca a aproximarem-se perigosamente, resolvi então lá ir eu. Avancei algumas centenas de metros e rapidamente comecei a lançar na queda de água e sobretudo na parte a montante do muro, onde eu imaginava que ninguém tivesse batido. Foi certinho. No primeiro lançamento, vi um peixe a seguir a amostra. Ainda fiquei indeciso se era truta ou escalo. No segundo, entrou uma linda truta que rapidamente veio até às minhas mãos. Um lindo exemplar do Vez que rapidamente foi devolvido à água.

Após esta captura, e perante um número crescente de pescadores que se foi juntando, resolvi dar por terminada a sessão. Ainda dei algum baile ao Dr. Sousa Rodrigues por ter deixado aquela pequena truta para trás, mas fiquei sobretudo satisfeito por ver algumas trutas no Vez. Atendendo à situação de seca que se vive, o Vez ainda mantém uma população bastante razoável de trutas e a água, apesar de pouca, ainda não é extremamente escassa.

Foi bom passar pelo Vez neste dia de abertura, mas tenho a certeza que os melhores dias de pesca ainda estão para vir. Venha a chuva a sério que eu terei todo o gosto em passar por lá para cumprimentar as nossas amigas 🙂

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Informação sobre o autor

Pescador de trutas desde os 18 anos. Tem uma forte dedicação ao spinning com colher e peixes artificiais, tendo pescado em Portugal, Espanha e no Reino Unido. Actualmente, pesca sobretudo na zona do Minho, Gerês e Centro do país.