Até à concessão de pesca desportiva do rio Âncora …

Até à concessão de pesca desportiva do rio Âncora …




Sábado de manhã. Depois de uma deslocação rápida desde o Porto, e já perto de Viana do Castelo (por volta das 9h30), fui começando a pensar onde é que existiriam algumas boas trutas que ainda não tivessem visto a sombra dos pescadores nesse dia. Pareceu-me que o rio Âncora poderia ser uma boa aposta. Normalmente considerado como um destino favorito nos primeiros dias, devido à sua forte densidade truteira, este rio é normalmente abandonado à medida que as suas trutas manhosas teimam em não sair. E com as condições climatéricas que temos vivido ultimamente, é natural que assim seja.

Assim, arranquei directo para a zona livre do Rio Âncora, próximo da foz do mesmo. Iria pescar no troço para montante da ponte da Estrada Nacional 13 até bater contra as placas da concessão de pesca desportiva do Rio Âncora. Cheguei por volta das 10 horas, céu encoberto, temperatura à volta dos 20 graus centígrados e toca a equipar. Peguei no material de light spinning: cana de 1,2 metros, linha 0,12 e amostra Mepps Aglia nº1. Comecei logo debaixo da ponte. Os primeiros lançamentos a cruzar para a margem oposta e a tentar cobrir os locais mais difíceis. O primeiro spot promissor foi logo a entrada de um rego de água. Em três lançamentos, vi quatro trutas atrás da amostra, com uma a medir 26 cm. Era um lindo bicho.

Fui avançando lentamente, e passado 10 minutos, numa zona de árvores muito fechadas, consigo fazer um lançamento de 25 metros à fisga para montante. Começo a recuperar, e passados 5 metros, sinto um toque forte, cravo e vejo uma truta a dar luta. Como não era muito grande, dominei-a rapidamente e coloquei-a rapidamente ao alcance da minha mão. Era um lindo exemplar do Âncora. Já tinha molhado a sopa!!

Com esta captura, animei e resolvi bater o troço com mais calma. Os lançamentos estavam a ser puxados ao limite e comecei a ver as primeiras trutas de boa qualidade. Não será exagero se dizer que em cada 40 metros, vi entre 3 e 4 trutas, com alguns bons exemplares a mostrarem-se nas zonas mais fundas e encobertas. Num caso concreto, e num lançamento para um pequeno cotovelo na margem contrária, vi uma truta de 30cm a arrancar com o diabo no corpo, a seguir a colher a milímetros do triplo e a virar a cara já junto dos meus pés. Que adrenalina!!

Assim, fui passando o tempo até chegar ao inicio do lote 4 da concessão de pesca desportiva. Trutas não faltaram e como tal fui-me divertindo bastante, apesar de não capturar nada. Fiquei com a sensação que no primeiro dia de chuva a sério, existem sérias possibilidades de realizar uma excelente pescaria. Só espero é ter a oportunidade de visitar este troço do Rio Âncora num dia desses 🙂

A pescaria não demorou muito tempo. Em menos de 1 hora e meia tinha feito o troço, pescando de forma exaustiva. Só faltava mesmo, voltar para trás e fazer o resto … ou seja, a área para jusante da ponte. Era isso que ia acontecer já a seguir!!

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Informação sobre o autor

Pescador de trutas desde os 18 anos. Tem uma forte dedicação ao spinning com colher e peixes artificiais, tendo pescado em Portugal, Espanha e no Reino Unido. Actualmente, pesca sobretudo na zona do Minho, Gerês e Centro do país.