Já há muito tempo que andava para trocar o meu velhinho carreto da Cormoura, no entanto fui sempre adiando esse momento, devido a várias razões. Desde logo, pesquei mais de 13 anos com esse carreto e como tal estava bastante habituado à sua velocidade de recuperação e às suas performances em termos de lançamento. No entanto, mais recentemente, surgiram algumas falhas que não permitiram que eu o continuasse a usar. Ainda consegui sobreviver à deterioração total do manípulo do carreto, mas com a guia da linha a começar a dar problemas, tornou-se impossível continuar a usar o mesmo. O desgaste da linha tornou-se bastante frequente, devido à folga do rolamento na guia e à existência de uma ranhura cavada pelo passar do fio ao longo dos tempos. De facto, na última sessão de pesca no rio Vade com o meu amigo João Dias, a sentença do carreto ficou ditada, depois de ter perdido quase 50 metros de fio e duas amostras, devido a cortes na linha.
Assim, resolvi avançar para a compra de um novo carreto de spinning para a truta e decidi-me pelo Daiwa Regal 1500-5iA. Na tentativa de encontrar um carreto que cumprisse com as minhas exigências, ainda visitei várias lojas de pesca, no entanto acabei por terminar a procura na Decathlon. O lugar não terá sido o melhor, devido à falta de pessoal com conhecimentos técnicos e à incapacidade de poder negociar preços, no entanto, o carreto pareceu-me uma opção sensível e com um preço aceitável de 45,95 euros.
Porquê a escolha deste carreto e não outro??
Bem, os meus critérios fundamentais para escolher o carreto eram o peso, funcionamento, qualidade de acabamento, reputação do fabricante e a existência de uma segunda bobina. Basicamente, interessava-me um carreto com um peso relativamente baixo que permitisse um bom nível de equilíbrio nas canas de pesca, considerando que me dedico sobretudo ao light spinning e spinning médio. Assim, os 290 gramas anunciados para esta máquina pareceram-me adequados e isso foi algo que confirmei posteriormente quando o utilizei nas minhas duas canas de serviço. São quase mais 90 gramas do que o Cormoura, mas também tive que atender ao aumento do número de rolamentos que permite uma recuperação muito mais rápida e suave. De facto, o carreto tem umas características técnicas muito interessantes, pois dispõe de 5 rolamentos que lhe permitem ter um ratio de 5.3 para 1 em termos de recuperação e uma capacidade de recolha de 68 cm por cada volta da manivela. Está disponível em duas bobinas que me permitem trocar rapidamente entre o 0,18 e o 0,12 e cada bobina tem uma capacidade de 140 metros de 0,20. Esta capacidade é mais do que ideal para o tipo de linhas de compro, pois ultimamente tenho apostado seriamente na Fendreel que é vendida em bobinas de 150 metros.
Ao nível da experimentação deste carreto, já tive a oportunidade de o experimentar em duas jornadas de pesca e estou bastante satisfeito com a sua performance. Estreou-se às trutas com um bicho de 34 centímetros no Rio Coura e demonstrou estar a um excelente nível no combate com o peixe e em termos de recuperação. Efectivamente, o travão provou ter um funcionamento estável e seguro, sem grandes flutuações de resistência durante o combate com o peixe. Já a velocidade de recuperação deste carreto é bastante superior à que eu tinha no anterior e como tal, tive que reduzir a força com que atacava a manivela. O trabalhar é muito suave devido aos 5 rolamentos e isso reduz o esforço do pescador, aumentando também a sua eficácia durante a jornada de pesca.
Em termos de lançamentos, não notei grandes diferenças nas distâncias máximas que consigo alcançar. Ainda tenho que estudar a forma de encher esta bobina com algum cuidado para conseguir tirar o melhor rendimento da mesma, mas para já não tenho notado nada de anormal neste ponto. O que me pareceu uma grande vantagem deste carreto é a forma como enrola o fio, pois foi-me notório desde um primeiro momento que o fio tem sofrido menos torção. Efectivamente, tenho a impressão que esta poderá ser a mais valia desta nova máquina permitindo prolongar assim a vida útil e a eficácia das linhas que uso normalmente.
Do lado menos bom em termos do teste deste carreto, apenas tenho a referir alguma dificuldade, passageira, na coordenação entre carreto e cana. Um peso mais elevado e uma saída da linha com velocidade diferente da anterior são factos que ainda não foram assimilados pelo meu cerebro e portanto ainda condicionam alguns lançamentos, de vez em quando.
No global, estou bastante satisfeito com esta nova máquina. Provou ser uma evolução bastante positiva relativamente ao meu carreto anterior, agora só falta testar um aspecto bastante importante que será obviamente a sua resistência a anos de pesca em ambientes hostis, com chuva, quedas dentro de água, pó, areias, etc. Aí que saberei verdadeiramente se fiz uma boa compra ou não!
O velhinho Cormoura provou ser um poço de resistência 🙂 Agora este … vamos ver!!! Para já estou satisfeito, mas ainda a procissão vai no adro …

Boas!
Aparenta ser um bom carreto, a marca tem peso no mercado, mas como já foi dito, apenas o tempo o dirá.
No que diz respeito a especificações parece ser muito interessante a nível de recuperação e bobine extra, pena o peso dele. Ao fim de alguns lançamentos não deve de ser perceptível mas depois de uma jornada intensa de pesca já se deve de notar no pulso 🙂
Este ano também adquiri um carreto shimano 2500fd na decathlon, custou 34,95, pesa 255g, tem um rácio de 5.2 se a memória não me falha e 4 rolamentos. O único inconveniente foi mesmo a falta da bobine extra que nunca imaginei que não tinha dentro da caixa… Após uma pesquisa online encontrei algumas para venda mas que nunca chegam aqui por menos de 10 euros, vou ter que pensar se compensa 🙂 No geral tambem estou satisfeito com a compra, tem-se comportado bem, mesmo depois de alguns “afogamentos” x).
Agora importa tirar umas boas trutas com eles, mas provavelmente só para o ano agora.
Um Abraço
Boas!
A Daiwa só peca numa coisa, na minha opnião, que é o peso….aí a shimano tem alguma vantagem!
Porque em carretos para outras pescas a Daiwa já esta muito avançada e em modelos topo de gama como o Certate e Exist já se equivale e muito a um Stella!
Mas na Decathlon, não se viste mas costuma haver um Mitchell Avocet Gold, que por mais muito pouco moedas, valia a diferença de peso!
Mas tens aí uma bela máquina!
Abraço
Grande Miguel!!
Que bom te ver por estes lados …
Na quinta-feira, levaste falta a vermelho num convívio espectacular dedicado aos pescadores de trutas 🙂 O último da temporada e com uma qualidade indescritível 🙂 Não sei como é que te vais redimir, mas tens que andar muito da perna 🙂 Falhas destas não são permitidas!! Não fosse o anfitrião um amigo de primeira, eu até fazia aqui um post sobre o evento para te deixar mal disposto, mas prometi que os direitos de autor eram para respeitar, bem como a privacidade dos participantes no evento 🙂
Quanto ao carreto, parece-me uma boa escolha. Tenho outros carretos da Daiwa para pesca no mar e têm tido um comportamento regular. Ainda vi o Avocet Gold, mas apesar de ter um peso mais baixo, não gostei do tamanho e design da bobina, bem como da configuração do mesmo (um pouco mais comprido do que este – gosto de ter o peso concentrado num único ponto em vez de estar mais disperso). Pareceu-me ser um carreto mais destinado à pesca à minhoca ou então ao light spinning, pois a configuração da bobina não me deu garantias de uma saída rápida da linha. Enfim, vamos ver … quando ele começar a levar porrada a sério é que eu vou ver o que vale.
Um abraço … e já sabes, para o ano tens que aparecer dê por onde der:)
Amigo Xolima,
Obrigado por este testemunho.
Como já deve ter compreendido, a bobine extra é fundamental para quem quer ter um carreto todo-o-terreno em termos de spinning. Aliás, é daqueles critérios que não podem falhar quando um pescador vai comprar uma máquina destas. Normalmente, e para evitar chatices, o melhor é pedir ao homem da loja para lhe mostrar o carreto, e depois conferir todas as características técnicas do mesmo. Foi isso que fiz na Decathlon. Pedi a um empregado para abrir a embalagem e só depois de verificar tudo, incluindo peso, características, bobine e funcionamento, é que decidi comprar.
Quanto ao Shimano, penso que também fez uma excelente compra e certamente que lhe dará muitas alegrias, e muitas trutas.
Um abraço,
eu uso um shimano exage 2500fa e tem um racio de 5.2:1 e pesa 250g com uma bobine extra. tem capacidade de linha 0.20 240m.
Bom dia,
Vou também trocar o meu carreto, e este que aqui é apresentado parece me bastante bom. Mas como não sou conhecedor o suficiente, gostaria de saber se este carreto permite uma pescaria ideal por exemplo no rio Minho, com umas amostras mais “pesadinhas”, visto as condições deste rio serem exigentes.
Peço desde já desculpa se esta questão deveria ser colocada noutro tópico mais apropriado.
Cumprimentos, e boas trutas.
Tive problemas na semana passada com esta máquina. A mola da guia da linha partiu e pelo material que vi parecia-me da loja dos chineses. Vou ter que levar o material à Decathlon para ver o que se vai resolver, pois está dentro da garantia. Como é que possível isto acontecer num carreto de marca e caro que ainda nem fez 4 meses à truta?
É uma vergonha total, a forma como estas marcas não controlam a qualidade dos produtos feitos na China. Estamos todos a ser enganados … e mesmo quando o produto é caro 🙁
Eu comprei ontem o Daiwa Regal 3000-5iA por 35€ na dechatelon ( Matosinhos ),espero não vir a ter problemas, pareceu me muito robusto e tem bobine suplente também em alumínio.
Agora fiquei com algum receio com o que me disse acerca do seu carreto.
Na semana passada, dirigi-me à Decathlon de Matosinhos com o Daiwa Regal 3000-5iA. Tinha comprado o carreto há 6 meses, e depois de um mês e meio de temporada, a guia do carreto partiu durante uma jornada no Rio Ázere.
Fui atendido na loja e imediatamente me encaminharam à zona da pesca desportiva para me fornecerem um carreto novo. Como não tinham mais nenhum modelo deste tipo, permitiram que escolhesse outro modelo. Algo que fiz de imediato. Escolhi um Shimano, até porque o Daiwa era fabricado na China e aquilo que vi em termos de resistência da mola da guia não me agradou nada. Cheirou-me a material defeituoso e barato colocado propositadamente no carreto para reduzir o seu tempo de durabilidade. Sem controlo de qualidade é isto que acontece e portanto não quero mais nenhum Daiwa.
Tinha acabado de escolher o carreto quando a assistente aparece a dizer que afinal a troca de carreto não é imediata e que afinal tem que enviar primeiro o carreto para a marca para ser analisado por um técnico e que depois é que podemos ver o que se pode fazer. Todo este processo dura um mês!!! Resultado da brincadeira: ficar um mês sem ter carreto para pescar por causa da incompetência da Daiwa e também por um serviço pós-venda de garantias da Decathlon que me parece pouco eficiente.
No final, ainda quiseram ficar com as duas bobinas que estavam totalmente cheias de fio 0,18 e 0,12. Pois ficaram com as bobinas, mas estiveram mais de meia hora a enrolar fio para não me custar ainda mais a festa!!
Fica aqui este testemunho para quem estiver a pensar comprar na Decathlon e quiser carretos da Daiwa. Com este tipo de serviço, vale mais não comprar nada. Por isso, já voltei mas é ao meu velhinho Cormoura. Corta fio de vez em quando, mas nunca teve um problema destes em mais de 15 anos de trabalho!! Com tanta tecnologia, produz-se cada vez material pior e procura-se enganar cada vez mais o cliente.
Vamos ver como é que isto vai terminar …
Boas,
Comprei um carreto UL10 F3 classico em Braga o ano passado em fim de epoca. Ao inciar a pesca este ano vi que o carreto fazia um barulho e que nao rodava correctamente. Dirigi-me a loja em Braga e trocaram-me o carreto por outro identico sem problemas, com talao de garantia do novo por 2 anos. Apenas pg..sera o problema na loja apenas em Matosinhos para o atendimento prestado? Visto que se pode efectuar a troca do mesmo produto com defeito em qq loja a nivel nacional o funcionario o que devia ter feito era pesquisar e ver onde havia o produto identico na loja mais proxima (Maia) para assim resolver o problema ao cliente
Ás vezes o barato sai caro…vale mais investir só uma vez e durar muitos anos do que andar a comprar carretos de preço médio de 2 em 2 anos…O meu stradic já fez muitas épocas de pesca, o unico problema que teve foi arcos partidos por incompetencia minha e mais nada. Na altura dei 100euros por ele e já está mais que pago, é um carreto que nunca me falhou tanto à truta como achigã. Mas tinha muito boa ideia dos daiwa mas com estes relatos esta fora de questao ter um eheh
Abraço.
Não tinham um carreto igual na loja e pelos vistos já estava fora de stock nas outras lojas. Pelo menos, foi o que me disseram. O mau é que quem compra um produto de má qualidade ainda por cima tem que ficar sem pescar um mês!! Coisa de terceiro mundo!!
Vamos ver como é que isto acaba!! Se a coisa ainda piorar mais, vai sair um post a derreter a Daiwa e a Decathlon … Que é para todos ficarem bem informados 🙂 🙂
Abraço,
Viva,
Como já tinha dito em cima tenho o Daiwa Regal 3000-5iA, comprei há cerca de um mês mas já levou um valente treino estas duas ultimas semanas, tanto no Mouro como no Gadanha inclusive na confluência deste rio com o Minho.
Só o tempo dirá se é uma boa compra ou não,visto que com um mês é precoce fazer juízos, mas até agora estou completamente satisfeito.
Relativamente à Decathlon, penso que o seu erro foi sair de lá sem o carreto, nestas superfícies, é necessário fazer “barulho” (chamar superiores, escrever no livro de reclamações, etc..).
Mas está sempre a tempo de efectuar uma reclamação de modo a eles melhorarem os seus serviços.
Fora isso tudo, desejo excelentes pescarias a todos!
Obrigado pela dica, Nuno.
Eu tinha carreto de substituição em casa e portanto não me preocupei muito. Vou-lhes dar lenha para se queimarem bem e depois se achar que vale a pena faço a reclamação na loja, à DECO e coloco post neste site a derreter.
Entretanto, também consegui ver parte da mola da guia do carreto quando esta partiu. O que vi foi um arame de muito baixa qualidade e sem qualquer tipo de resistência, assente numa base de plástico interna que já estava deformada. Isto só com 2 meses de spinning …
Mas o tempo dirá se isto só aconteceu comigo ou se é coisa recorrente.
Abraço,
Boas!
Infelizmente grande parte do material de pesca e “made in china”…os modelos de topo da shimano e da daiwa mesmo esses já deixaram de ser fabricados no Japão…quanto mais modelos mais baixos! E o custo da globalização…mas também não quer dizer que o material seja de baixa qualidade. Há que fechar a asa do cesto a mão e não forçar ao limite o material 🙂
O problema ate pode nem estar na mola, mas sim no apoio de plástico que se deformou bastante forçando a mola a ser esticada demais…dai teres visto um arame fininho…
Agora quanto ao atendimento que tiveste na loja, é de lamentar que neste país as garantias não funcionam como deve ser…
Abraço