Na sequência de uma visita ao Rio Coura na zona de Covas, tive a oportunidade de visitar um dos afluentes mais emblemáticos deste grande rio truteiro e que normalmente é desprezado pelo pescadores ao spinning. Trata-se de um afluente da margem esquerda, cujo nome desconheço, mas que tem sempre uma boa densidade de trutas, funcionando como um excelente viveiro para este troço do Rio Coura. Para quem se desloca no sentido de Paredes de Coura, na margem esquerda, é logo o primeiro ribeiro à saída da rotunda de Covas (com uma ponte bastante antiga).
Este ribeiro tende a ser bastante interessante para a pesca ao light spinning e à minhoca, especialmente nos primeiros dias da temporada, pois ainda apresenta um caudal interessante. É também nos primeiros dias da temporada que se podem encontrar por lá os melhores exemplares, pois muitas vezes sobem este ribeiro para realizarem a desova. A pesca não é fácil, devido ao desnível das margens, à densidade da vegetação e à pouca água que muitas vezes o ribeiro apresenta, mas não deixa de ser um desafio interessante para quem gosta de se divertir atrás das trutas.
Como visitei este ribeiro no final de Julho, as condições não eram as melhores para pescar à truta e sobretudo ao spinning. O nível bastante reduzido do caudal, à falta de corrente e o excesso de vegetação na margem e dentro de água, evitava que se pudesse lançar com alguma eficácia e colocava as trutas em constante modo de alerta. Portanto, e de modo a não hostilizar muito as trutas da zona, resolvi apenas fazer um pequeno troço entre a ponte da Estrada Nacional e a confluência com o Rio Coura. Apenas me interessava, verificar a densidade e qualidade dos espécimes de truta comum que habitavam a massa de água.
Com equipamento de light spinning, fiz os primeiros lançamentos por debaixo da ponte da estrada nacional. Vi logo 5 trutas num pequeno poço, e ao segundo lançamento capturei este bonito exemplar, que foi rapidamente devolvido à água. Uma bonita truta com uma pureza genética inquestionável.
Depois fui avançando lentamente para jusante, procurando encontrar zonas relativamente desimpedidas e com alguma profundidade para conseguir por a colher a rodar. Com lançamentos afastados da margem, fui pondo algumas trutas a mexer. Em cerca de 20 minutos, levei uns 10 toques e tirei mais uma truta pequena. Não insisti muito, porque não tinha qualquer interesse em picar as trutas da zona. O que me interessava é sobretudo comprovar a densidade de trutas neste curso de água e praticar alguns lançamentos mais difíceis.
No global, fiquei bastante satisfeito com aquilo que vi neste ribeiro. Água de boa qualidade, boa densidade de trutas e alguns poços que poderão manter as trutas durante o pico do Verão. Depois de lá ter pescado há mais de 15 anos, já há muito tempo que estava para fazer uma visita a esta massa de água e este objectivo concretizou-se com sucesso. É claramente uma daquelas jóias do Coura que interessa manter … 🙂
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