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Mais um ano que caminha a passos largos para o seu final, e mais um edital que prepara, desde já, a temporada de pesca à truta no Rio Minho em 2013. Como é costume, tivemos acesso mais uma vez ao Edital Nº37-2012 que irá regulamentar a pesca no troço internacional do Rio Minho durante a temporada de 2013. Sabemos que este é um documento importante para muitos de nós que visitam frequentemente aquele curso de água, e como tal resolvemos disponibilizá-lo aqui em formato digital.
Desde logo, o edital traz algumas novidades que poderão ter aceitação diversa junto da comunidade piscatória e que merecem comentários particulares no que diz respeito à pesca desportiva das trutas.
O primeiro assunto que nos chama imediatamente a atenção é o aumento de locais onde a pesca passa a ser proibida. Numa primeira contagem, deparamo-nos com cerca de 16 locais onde a pesca passa a ser proibida. Parece-nos uma ideia bastante interessante para preservar os recursos piscícolas do Rio Minho, e sobretudo as trutas mariscas e salmões, que tendem a se concentrar em poços específicos (alguns alvo de proibição). Achamos que há potencial para esta ideia ter efeitos práticos na preservação da fauna piscícola do Minho, desde que a fiscalização destas zonas seja realizada de forma intensiva, já que furtivos não vão faltar!! É de louvar a iniciativa da Capitania de incluir no edital fotos de satélite para identificar os locais onde a pesca passa a ser proibida, permitindo assim que todos possam respeitar a lei, incluindo quem não conhece o rio Minho muito bem.
Em termos de períodos e espécies permitidas ao nível da pesca desportiva, verificamos que mais uma vez abre a pesca ao salmão no período entre 1 de Março e 31 de Maio. Já a truta, nas suas várias vertentes abre a 1 de Março e fecha a 31 de Julho, seguindo assim o período de pesca definido para todas as águas interiores. Até aqui tudo bem!! O problema é que a pesca profissional a estas espécies salmonídeas com tresmalho começa a 11 de Fevereiro, entre a Insua do Conguêdo e o Mar!! Porque é que a pesca profissional abre mais cedo do que a desportiva? Valerá a pena pescar nas zonas onde os profissionais já andaram a dar pancada durante 20 dias? Não percebo!!
Uma outra coisa que não percebo, é porque é que se proíbe a pesca a espécies invasoras, como são, entre outras: o achigã, o pimpão, a carpa, a tenca, a truta arco-iris e a perca-sol. No caso da perca-sol, a proibição é claramente algo interessantíssimo, pois é das pioras pragas que já entraram nas nossas águas. Não consigo perceber o porquê da proibição.
Finalmente, um outro aspecto menos positivo a referir, é o facto do tamanho mínimo da truta-comum se manter nos 19 centímetros. Depois de ter andado nos 30 centímetros há cerca de dois anos, penso que isto é um retrocesso que não faz qualquer sentido, pois o Rio Minho tem capacidade para gerar exemplares de tamanho médio muito superior.
Mais uma vez, aconselha-se a uma leitura cuidadosa do edital, que nos deve sempre acompanhar durante uma sessão de pesca. Com os regulamentos a alterarem-se todos os anos, convém estar sempre precavido, até para esclarecer dúvidas que venham a surgir perante as autoridades. Para isso, podem sempre imprimir o documento abaixo:
Mais uma vez, não se esqueçam de fazer os cortes nas barbatanas caudais quando quiserem reter peixes capturados e atenção aos tamanhos dos triplos e dos rapalas. Claro, também não se esqueçam da licença especial para o Minho … que tanta polémica ainda continua a dar!! 🙂
Boas!!
Mas as zonas proibidas, é só na zona assinalada a vermelho??? De barco qualquer pessoa pesca na zona dita proibida!!!
Porque raio não se proíbe a pesca em toda a largura do rio, pelo menos na área que nos diz respeito??
E poder matar-se trutas fário e não percas-sol continua a ser de rir!
Enfim..a treta é a mesma do ano passado, o cheiro é que é diferente!Para não dizer outra palavra…
Abraço
Isto é uma vergonha!pra que proteger estas especies não percebo o que esta gente têm na cabeça…
Mais um mistério na pesca desportiva em Portugal!! 🙂 🙂
Claramente um fenómeno para ser investigado e estudado daqui a algumas décadas!!
Um dia destes, vamos ter o Rio Minho só com perca-sol … aí é que me vai dar gosto pescar lá. Até vou gastar 100 euros por dia para lá ir e praticar catch and release com a brava perca-sol …
Tá tudo dito!!
Miguel,
É tudo para inglês ver … Valia mais fechar um troço do rio a sério do que andar para aqui com niquices que de nada vão adiantar. Aliás, os furtivos vão-lhe chamar um figo!!
Abraço,
Em primeiro lugar, parabéns pelo artigo.
Só mesmo neste país é que isto é possível. Protege-se o que não se deve e permite-se o que não deve ser permitido.
Outro caso estranho: É proibido apanhar enguia se for adulta ou juvenil mas pode-se apanhar as crias (enguia de vidro / meixão) Dá para rir.
Pelo menos as leis dão para rir e assim alegrar o minuto em que as lês
Essa das enguias é realmente curiosa…
Além disso o que não falta no rio é enguias, não sei o porque da proibição, podiam era preocuparem-se em controlar os furtivos, que não faltam neste rio… isso sim é prioritário.
Concordo plenamente!!
O que é preciso é dar caça aos furtivos … 🙂
Olá, quanto aos locais proibidos, trata-se de poços onde é mais comum encontrar peixe, devido à grande profundidade do leito do rio nesses locais. O local que me merece mais destaque é sem sombra de dúvidas em Cevide – Melgaço, pois este local é uma maternidade de Salmões e Sáveis e estas espécies vão subindo rio acima e chegam acima um pouco desse local e batem na ultima barragem espanhola do rio Minho (Frieira) e dali não passam pois a barragem não tem passagem para peixes (nem percebo como nos dias de hoje)! Ora como estes enormes peixes não passam da Frieira para cima, andam dias e dias ali a passear até cumprir o objetivo com que ali foram parar, ou seja, desovar milhares e milhares de ovos! Logo para mim, proibir a pesca naquele local é perfeito para o equilíbrio das espécies.
Quanto à questão da enguia, sim é triste ver que a pesca está transformada também em interesses económicos, pois não se entende como se proíbe a pesca da enguia e permitem pescar meixão com telas, quando todos sabem que o meixão é o alevim da enguia! Mas se não houvesse pesca do meixão, de que sobreviveriam as inúmeras cooperativas galegas que, noite atrás noite se deslocam ao rio para capturar apenas algumas gramas daquele tão desejado bichinho? Intereses espanhóis são a razão que o rio minho é o único rio em portugal que é permitida a pesca do meixão…
Ao contrário do meixão, proibi-se a pesca do achegã, da carpa, da perca-sol, et etc, espécies não autóctones do rio minho e que já começam a ser praga por estas bandas! Haja alguém que entenda de pesca e faça algo em condições!
Boas pescarias