No início de Setembro, foi aprovada mais uma concessão de pesca desportiva em zona truteira. Desta vez, a sorte coube ao rio Arda no concelho de Arouca, mais concretamente nas freguesias de Burgo, Chave, Rossas, Santa Eulália, Tropeço, Urrô e Várzea. Assim, o rio Arda fica coutado numa extensão de cerca de 10 Km, o que é uma dimensão considerável para um rio que não é bastante longo. Como se isto não bastasse, ainda se juntou ao pacote um troço de 2 km da Ribeira de Monte Moção, para montante da confluência do Arda.
Tudo isto foi conseguido pela Associação de Caçadores e Pescadores de Santo António e Santa Eulália, através do pagamento da módica quantia de 31,57 euros por ano. O que nos parece uma avaliação bastante correcta dos direitos de pesca do Rio Arda aos valores de mercado de hoje, especialmente, se quem a fizer estiver sob forte efeito do álcool ou de estupefacientes.
Enfim, para quê falar mais? O melhor é verem mesmo o despacho para ficarem a saber como é que se brinca à gestão da pesca desportiva em Portugal:
Como ainda não existe plano de exploração para esta concessão de pesca, queremos acreditar que as tropelias acabam por aqui e que não se irá permitir nenhuma sequência de maldades no Arda. De qualquer forma, convém estar sempre atento.
Mais uma vez, aqui fica esta informação para os pescadores de trutas que normalmente visitam o Arda. Para o ano, têm que ter cuidado se quiserem visitar este curso de água, pois não devem faltar placas a avisar deste facto que aqui vos relato. Independentemente de concordarmos ou não com a forma como estas concessões estão a ser atribuídas, nada podemos fazer a não ser cumprir a lei e esperar por melhores dias, lutando o que for possível para que haja, pelo menos, dignidade.
A continuar assim comeco a compreender as ideologias de certos Pescadores que tudo que vem a rede vai. A realidade nao deveria ser essa mas perante situacaoes em que existem habitants da zona que toda a vida pescaram livremente no “SEU” rio acredito que certas vinganças serao postas em pratica prejudicando tudo e todos.
Concordo em pleno que tais licencas devem ter valores reais
para uma correcta gestao do curso de rio concessionado.
Na caça, este tipo de concessionamento maciço deu lugar a várias vinganças com os caçadores da zona a deitarem fogo às zonas de caça. Nos rios, a situação pode ser mais complicada, especialmente se se passar a uma política de terra queimada. A caça ainda consegue fugir e as zonas queimadas reabilitam-se passado um ou dois anos. Já os envenenamentos dos rios são coisas muito mais complicadas e das quais pode não haver recuperação.
Esperemos que haja algum bom senso 🙂
Abraço