Recentemente tive oportunidade de realizar uma pescaria no Rio Alvoco, em meados de Março. O dia seleccionado prometia, até porque existiam previsões de chuva com alguma intensidade para a zona. O único senão poderia ser a temperatura que apresentava sintomas de poder baixar.
O rio, tal como esperado, apresentava um caudal médio para a época do ano. As correntes estavam bem animadas, e na sua maioria pescáveis, quer para quem quisesse andar ao spinning ou à minhoca. Com pouca neve presente na Serra da Estrela, a temperatura da água era ainda fria, mas nada que, na minha opinião, pudesse condicionar severamente a actividade das trutas.
Durante uma sessão de pesca quase inteiramente dedicada ao Alvoco, tive a oportunidade de verificar como as trutas, de vez em quando, quase que desaparecem de um rio. Durante todo o dia visualizei apenas uma truta de 25 centímetros a mexer à saída de um açude. Nada mais vi, nem senti, mesmo em zonas de difícil movimentação como o troço do Alvoco para jusante da confluência da Ribeira da Loriga. Isto trocando de isco sucessivamente e tentando ao máximo forçar nas zonas mais difíceis. Era claramente um dia não!!
Como não podia deixar de ser, e já começa a ser demasiado habitual, deparei-me com vários corvos marinhos a voar e a pescar no Rio Alvoco. Esta praga, que anteriormente que confinava sobretudo aos rios do litoral, está cada vez mais avançar para o interior e a condicionar a densidade piscícola destes cursos de água.
No global, parece-me que as melhores condições para a pesca no Alvoco ainda estão para vir. Com a temperatura a aumentar, surgirão períodos de maior actividade por parte das trutas. Para já, uma ida a este rio compensa sobretudo pela paisagem e pelo ar puro!!
Aqui há cada vez mais corvos marinhos, está-se a tornar uma praga. Há zonas em que já cá estão todo o ano, e chegam-se a avistar grandes quantidades deles juntos. Isso vai dar cabo dos rios mais frágeis…
Viva caros Amigos,
Há 4 anos para cá que oiço relatos que estes corvos marinhos “limpam” o Ceira, pelo menos na zona de Serpins, sistemáticamente todos os anos.
Eu próprio assisti a estes ataques várias vezes.
Isso é uma praga, que devia ser controlada pelo sepna…No inverno quando o peixe está menos ativo é a pior altura, chegam a entrar às “covas” onde se esconde o peixe e é só enxer o papo! E ao que sei não comem pouco…