Duas horas de pesca no “Buraco”

Duas horas de pesca no “Buraco”




Dia 24 de Março, depois de uma manhã de chuva intensa em que não foi possível ir pescar por razões profissionais, lá me consegui despachar às 16:30 h para ir matar o vício, sempre na ilusão de conseguir uma boa truta que estivesse a comer devido às fortes chuvadas matinais.

Cheguei ao local eleito às 17:15 e começo o ataque com Mepps Aglia nº2 e linha 0,16 mm da trabuco. Logo no primeiro lançamento junto a uma pedra, entra uma truta “kileira” que depois de 2 ou 3 safanões se conseguiu soltar. 100 metros à frente, num açude profundo, entra outra boa truta que depressa afundou e dava cabeçadas sem parar, estava endiabrada! O fio 0,16 no limite, lá aguentou as investidas e com calma fiz chegar a truta à minha mão. Um belo exemplar que mediu 45cm e pesou 1kg. A tarde estava ganha, acontecesse o quer que fosse no resto da pescaria.

Nesta altura, e perante a situação, com a possibilidade de poder entrar mais alguma boa truta, mudei a bobine do carreto para uma de asso ultra 0,22 mm. Sabendo que iria perder muita distância e qualidade nos lançamentos, mas ganhava segurança no caso de ter uma surpresa!

A ideia a partir daquele momento era bater 3 correntes relativamente rápidas e finalizar com um poço fundo onde entrava uma corrente forte na cabeça. Nas 3 correntes entraram 4 trutas, das quais 2 se soltaram e 2 chegaram as minhas mãos, uma com 30 cm e outra com 31 cm, sendo as que se soltaram de tamanho aproximadamente igual.

Chegado ao dito poço, reparei que este corria de forma lenta, água relativamente tapada, ideal para albergar um bom exemplar emboscado à espera da sua presa. Mas não!! O poço foi batido ao milímetro com Mepps nº1, nº2, nº3, rapala Cd 3, 5 e 7 e também com um salmo trout sinking! Mas nada do que por ali estivesse se deixou seduzir pela variedade de amostras apresentadas, a velocidades diferentes e diferentes profundidades. Foi então que meti a Mepps Aglia nº2 e fui bater a corrente que entrava no poço de forma a finalizar a curta jornada.

Primeiro lançamento na corrente nada. Segundo lançamento e vejo um grande vulto atrás da amostra e a abocanhar. Cravei de imediato e depois de 2 ou 3 voltas o animal soltou-se. Fiquei perplexo a olhar para o rio, tinha acabado de perder um grande exemplar.

Já sem esperanças, meto o rapala Cd 7e no primeiro lançamento, quando o rapala vinha a uns escassos 4 metros de mim, eis que aparece o monstro vindo do fundo, engolindo o rapala completamente! Uma força bruta, adrenalina ao máximo, um animal que não se crava todos os dias (nem anos!). Uma luta impressionante, e uma valente molha que apanhei para a por a seco, mas consegui apesar da força da corrente. Fiquei parvo 5 minutos sentado a olhar para a beleza do animal! Mediu 68 cm e acusou na balança 3,080 kg, um animal digno de respeito!

Truta 3kg Mota

Se o dia já estava ganho, agora posso dizer que a época está ganha, e bem ganha 🙂 A mudança de bobine do carreto foi o factor determinante, porque naquelas condições seria quase impossível tirar a truta com um 0,16. 🙂 🙂

Um abraço, e boas pescarias 🙂

Ps: Por opção do autor, neste post não são mencionados nomes de rios nem locais de pesca, agradecendo-se a compreensão

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