Mais um dia de pesca, desta vez com rumo às terras do Mota para verificar como as trutas da zona se andavam a comportar. Depois de uma temporada em cheio do Mota, em que os grandes exemplares andaram às voltas com a Mepps nº2 e com o rapala, estava na altura de lhe fazermos uma visita. O dia escolhido não foi o melhor, até porque o tempo estava quente e o céu claro, mas de qualquer maneira o protocolo estava estabelecido e tinha que ser seguido.
Cheguei à Covilhã por volta das 15h30. Depois das apresentações da praxe e da organização do esquema de ataque, avançámos para o local do crime. Segundo o Mota, a zona que íamos pescar estava de pousio à minha espera e ele tinha vindo a controlar a situação ao longo do tempo, através de uns lançamentos pontuais!! Para se certificar que as trutas ainda lá estavam …
Em pouco menos de 15 minutos, estávamos à beira rio. Um dos luxos de quem vive em zonas truteiras!! Lá nos equipámos e começámos a coar água. Eu com material mais pesado, colher nº3 e linha 0,16 e o Mota, com o típico material que usa nestas águas. A ideia era apenas tentar mexer e apanhar exemplares grandes, portanto, na minha ideia, não fazia sentido andar com material de light spinning atrás das pequenas trutas.
O rio estava com um caudal relativamente baixo e a água um pouco fria para o dia em questão. Por acaso, era um dia de degelo e eu já me tinha apercebido disso na viagem a caminho da Covilhã. A actividade das trutas devia estar parcialmente condicionada por este facto, pois a quantidade de neve na Serra da Estrela não era muita.
Foram-me apresentados dois poços onde eram suposto estarem duas trutas de 2 kilos. Bem insisti, mas sem resultado. Atendendo à quantidade de água no local, parecia-me difícil que elas ainda estivessem ali, mas o Mota é que percebe destas coisas. Lá coei água até à exaustão nesses dois locais, tentando várias combinações de amostras.
Por sua vez, o Mota numa das primeiras correntes, faz a primeira captura do dia. Uma linda truta de 25 centímetros que foi imediatamente para a água.
Posteriormente avançamos para uma sequência de correntes e o cenário manteve-se idêntico. Viam-se algumas poucas trutas atrás da colher, ainda tive um toque, mas nada de substancial. Enfim, com o calor no ar e as trutas a não colaborarem, fechamos a pescaria por volta das 8 horas da tarde junto a uma ponte. Não valia a pena continuar.
Enfim, mais uma visita ao grande Mota e mais um dia que não o foi melhor. Os bons dias são para quem mora à beira do rio. Quem tem outros afazeres e tem que fazer quilómetros, sujeita-se ao que aparece. Mas algum dia … eu vou escolher a melhor altura 🙂 🙂
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