Dia de convívio. Como alguns de nós não tinham palha na cama, ou simplesmente não estavam para estar em casa a fazer horas, juntou-se uma equipa para fazer uma pré-pesca antes do convívio. Desde logo, a ideia era juntarmos uma equipa de cerca de 7 pescadores na ponte do Porto da Carne e depois distribuir o pessoal pelo rio Mondego para ir matando o vício. O encontro estava marcado para as 7 horas da manhã, o que ainda dava quase 2 horas de pesca.
O pessoal de Braga, incluindo o Mister Torres, adiantaram-se nos andamentos e como tal acabaram por chegar 20 minutos antes da hora. Eu cheguei à hora marcada e só encontrei o Mota e o Barata no local combinado. Torres e resto do pessoal, nem vê-los. Ainda lhes liguei e verifiquei que já estavam mais para montante a pescar numa zona onde está uma praia fluvial. Ainda disseram que apareciam ali, mas o tom da conversa não foi muito convincente, portanto era para esquecer.
Perante isto, eu, o Mota e o Barato fizemo-nos à vida e escolhemos um local com uma boa sequência de poços e correntes. Depois de nos equiparmos e da conversa inicial, resolvemos atacar a zona escolhida. Íamos pescar com colheres n. 2 e 3. O dia estava bastante nublado, com nevoeiro, e tinha orvalhado. Parecia um cenário razoável para tentarmos a nossa sorte. Eu tinha cerca de uma hora, pois queria estar no Caldeirão às 8h30, enquanto o resto da equipa tinha mais meia hora, aproximadamente.
Abri as hostilidades num grande poço. Saíram os primeiros lançamentos. Nada mexia. Entretanto, o Mota numa queda de água próximo de mim, teve o primeiro toque do dia. Uma linda truta que se descravou.
Fomos avançando para a cabeça do poço e num lançamento mais largo, começo a recuperar e sinto uma pancada a meio do rio. Cravo e consigo tirar a primeira truta do dia. Uma linda truta do Mondego com 22 centímetros, que foi rapidamente devolvida à água.
Depois desta captura, avancei ainda mais para a cabeça do poço e consegui ver uma truta de meio kilo atrás da amostra. Ainda lhe deu duas voltas, mas sem vontade de entrar a sério. Insisti mais 6 ou 7 vezes no local, mas não a voltei a ver.
Entretanto, e já com o tempo a escassear, deixei de lado as correntes e passei para o poço seguinte. Interessava-me sobretudo tentar as trutas maiores. Por sua vez, o Mota apostou nas correntes e conseguiu facturar algumas trutas pequenas.
Os primeiros lançamentos no poço não deram nada. As trutas pareciam que não estavam lá. Por isso, fui avançando mais uma vez para a cabeça do poço. Já com 10 minutos de pesca para queimar, realizo um lançamento largo para montante e começo a recuperar. A amostra vem a trabalhar a meio do rio, eu a vê-la, e de repente começa a andar de lado. Sem mais cravo e tenho uma truta de razoável tamanho presa do outro lado. Ela bem tenta fugir para a esquerda e depois para a direita, mas eu estava com 0,165. Lá a fui segurando e trazendo devagar para a minha margem. Quando verifiquei que estava bem presa e que já não tinha muita força, deitei-lhe a mão e coloquei-a do lado de cá. Uma linda truta com 28 centímetros.
Com esta captura, que me deu imenso gosto, fechei o tasco. O Mota e o Barata ainda ficaram a pescar mais um pouco, mas eu tinha que me encontrar com o Sr. Vitor Oliveira e começar a preparar o convívio. Aquele arranque de dia já tinha sido um tónico bastante bom para refrear a minha vontade de pescar e me dedicar ao convívio.
Posteriormente, fiquei a saber que o grupo de Braga também tinha tirado uns peixes mais para montante. Enquanto o nevoeiro esteve sobre a zona, saíram uns peixes … depois a coisa esfriou ..

Boas
Foi sem duvida uma boa estreia no Mondego, com algumas capturas entre a equipa de Braga tendo descravado um truta próximo de 1/2 kg ao Vasco.