Depois de uma manhã de pesca intensiva no Rio Lima, onde tiramos algumas trutas, eu e o grande Torres resolvemos atacar o Coura. O dia estava bastante quente e com muito sol, e portanto tínhamos que procurar árvores e sombra para mexermos algumas trutas. A ideia não era pescar ao light spinning, mas sim manter o material de heavy spinning que já trazíamos do Lima. Queríamos peixe de bom tamanho!!
Chegamos ao Coura por volta das 14h30. Íamos bater um troço muito específico em cerca de 1h30 e depois iríamos tentar a sorte noutro lugar. O rio apresentava-se com um caudal normal para a época do ano e não se vislumbrava actividade na superfície da água.
Eu e o Torres descemos as margens até à beira da água e toca a bombar linha e coar água. Os primeiros lançamentos nada produziram. Durante 20 minutos tentamos lançamentos curtos, longos e amostras diferentes, mas nada parecia estar a resultar.
Saindo da zona mais profunda e entrando numa zona com menor profundidade, comecei a ver as primeiras trutas. Num primeiro caso, uma pequena truta de 22 centímetros atrás da amostra, e no segundo caso, um exemplo de cerca de 27 centímetros, que apenas veio ver melhor o que era “aquilo” que ali andava. O Torres também acusou sinal positivo das trutas. Podia ser que saísse alguma coisa.
Numa zona com muito menos profundidade, realizei um lançamento paralelo à margem, comecei a recuperar e quando a colher vinha a chegar à margem, sinto uma pancada brutal. Cravo e vejo uma truta a dar de cabeça dentro de água. Como estava acima do nível da água, saltei para baixo e verifiquei que se tratava de uma arco-íris. Ela bem cabeceava como uma doida e comecei a temer que o fio ou os anzóis cedessem. Coloquei a cana ao alto e preparei-me para tirar o camaroeiro. Entretanto, o Torres apareceu e pedi-lhe ajuda. Com calma, e depois de mais duas ou três pancadas da truta, consegui metê-la dentro da rede do camaroeiro e tirá-la para fora. Aquela já não ia a nenhum lado. O Coura tinha produzido uma arco-íris de 37 centímetros e bastante gorda.
Pensamos logo que esta seria uma daquelas célebres trutas fugidas dos viveiros mais a montante e que pelo aspecto já devia ter algum tempo no rio.
Depois da captura, eu e o Torres ainda insistimos mais alguns minutos na zona, mas sem qualquer resultado. Ainda pensamos que pudesse haver algum cardume de arco-íris, mas pelos vistos era exemplar único. Com mais 5 minutos de pesca, rapidamente chegamos ao final deste troço e resolvemos entrar noutro pequeno troço, mais a jusante.
No outro troço, adoptamos a mesma metodologia de pesca. O Torres teve logo dois toques ao início, do que lhe pareceram ser também trutas arco-íris com alguma dimensão e eu coei água quase até ao final. Só mesmo nos últimos lançamentos, e junto a uma zona mais profunda no centro do rio é que tive um toque de respeito. A colher parou, mas não cravou nenhum dos anzóis. Pareceu-me bicho de bom tamanho.
Depois de insistir mais de 45 minutos neste pequeno troço, acabamos por nos cansar e fechar a expedição ao Rio Coura. Apenas tinha saído uma arco-íris de bom tamanho, mas existiam sinais de actividade por parte das trutas. Possivelmente, se a incursão tivesse sido mais de manhã ou o final do dia, os resultados poderiam ser diferentes.
De qualquer forma, valeu a pena voltar ao Coura e comprovar que ainda continua a albergar trutas de bom tamanho. Certamente que voltarei a lá ir para me confrontar com estas trutas antes do final da época … Elas andam por lá e só precisam do isco certo no dia certo 🙂
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