Depois de uma manhã de pesca na zona de Montalegre em dia de chuva no final de Julho, resolvi realizar uma visita à Barragem de Venda Nova. É claramente uma daquelas barragens onde não tenho pescado e que sempre me suscita alguma curiosidade, até porque gostaria de saber que tipo de peixe é que anda por aquelas águas.
Cheguei ao local por volta das 16h30 e não me apetecia pescar muito. Aliás, o nível da barragem era tão baixo (cerca de 20 metros abaixo da cota máxima) que só para chegar ao local de pesca, tive que fazer cerca de 600 metros. A chuva era companheira certa e também a lama que não faltava na zona descoberta da barragem.
Mantendo o equipamento de heavy spinning que já trazia da parte inicial da jornada, comecei a lançar numa zona de saída de uma linha de água, onde existiam vários muros de terrenos que entretanto ficaram debaixo de água, com a construção da barragem. Os primeiros lançamentos em água desimpedida nada produziram. Parecia que não havia peixe naquela zona, até porque era notório uma poeira acastanhada dentro de água.
Depois de uma breve insistência, resolvi avançar para a zona de maior profundidade e onde entravam dois muros de pedras para dentro da barragem. Primeiro lançamento para jusante, nada. Segundo lançamento no seguimento do muro de pedra, começo a recuperar e sinto um leve toque na amostra. Cravo e do outro lado sinto peso. Começo a arrastar e nada de sinal da parte do peixe. Não era truta, portanto deveria ser um lucioperca. E era!! Um pequeno lucioperca com cerca de 26 centímetros. Rapidamente chegou às minhas mãos.
Com os dois muros a terem cerca de 4 metros entre eles, os luciopercas deviam estar ali emboscados. Mudei logo para um rapala X-Rap de 9 centímetros e resolvi atacar o local com alguma insistência. E valeu a pena …
Entre aqueles dois muros, estava um cardume de luciopercas. Em cerca de 15 minutos, fiz vários lançamentos, tive cerca de 20 toques e capturei 4 luciopercas, com os dois maiores a medirem 40 e 50 centímetros. Foi um golpe de sorte que deu para aproveitar da melhor forma possível. A luta não era grande coisa, mas pelo menos as picadelas eram “durinhas”.
Enfim, a festa não durou muito, porque entretanto a chuva engrossou mais e também perdi o rapala, que ficou preso numa das bases do muro de pedra. Com pouco tempo para pescar e com uma boa molha no cabedal, resolvi dar meia volta e terminar a pescaria.
Para passagem rápida pela Barragem de Venda Nova, até que a captura de alguns luciopercas não tinha sido nada má. Foi claramente mais uma oportunidade para verificar a voracidade destes predadores, que quando se encontram em cardume atacam tudo o que lhes passa por perto …
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