Todos os anos temos que esperar pelos editais das zonas de pesca reservada publicados pelo ICNF, para saber como é que vamos poder usufruir dos direitos de pesca em alguns locais de primeira categoria para a pesca da truta. Neste momento, e depois de uma primeira publicação realizada em Dezembro que atende à necessidade de regulamentar as Lagoas da Serra da Estrela, já temos disponíveis a grande maioria dos editais, faltando unicamente o do Rio Vez, que ainda deve estar a ser cozinhado algures.
Quanto a regulamentação específica, não há muito a dizer já que se mantêm as principais condições de anos anteriores com ligeiros ajustes. Dos editais analisados, a grande maioria prevê a abertura da pesca para inícios de Abril, à excepção do Olo, onde a pesca abre logo a 1 de Março. Ao nível dos preços, há uma ligeira modificação, já que os valores médios para as licenças especiais diárias destinadas a pescadores ribeirinhos aumentaram para 3 euros, enquanto os restantes pescadores nacionais viram o preço aumentar de 5 para 6 euros. Finalmente, ao nível da retenção de trutas, a maioria dos editais baixou a fasquia para um número máximo de 6 trutas de tamanho superior ou igual a 19 centímetros.
Para uma visão mais detalhada de todos os editais já publicados, podem consultar página do ICNF abaixo:
Atendendo ao facto da maioria das zonas de pesca reservada começarem a pesca apenas no início de Abril, parece-nos que esta publicação é mais do que atempada, permitindo assim a todos os pescadores de trutas conhecerem antecipadamente as condições de pesca neste locais para poderem programar as suas jornadas. O sistema de acesso às licenças é que se mantém arcaico e impossibilita o acesso de pescadores que vivem longe do local de emissão das licenças à abertura nestas zonas de pesca. Parece que o salto para os sorteios electrónicos que já se fazem há vários anos em Espanha ainda vai demorar mais umas décadas por cá! Certamente que para manter algum clientelismo já fidelizado!
No global, espero que este ano as zonas de pesca reservadas estejam em melhores condições do que no ano passado. Em 2014, estive na abertura dos lotes do Rio Vez e fiquei verdadeiramente desiludido com a densidade das trutas, a sua qualidade e com a total falta de sinalização, quer da zona de pesca, quer dos lotes. Isto já para não falar na fiscalização, pois a zona onde eu andei já tinha sido mais do que pescada pelos furtivos locais. Enfim, tudo coisas boas que espero que não se repitam este ano. Como algumas zonas de pesca abrangem águas de primeira categoria em termos de trutas, custa-me pensar que se esteja a perder um valioso património por inércia das entidades competentes. Se calhar, este património estaria melhor nas mãos de privados conscientes …
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