A cerca de 5 dias da abertura da pesca às trutas 2015, já temos uma ideia mais clara das condições meteorológicas que podemos esperar no famoso dia 1 de Março. Inicialmente, as nossas expectativas eram altas, mas com o passar do tempo, as previsões foram-se alterando, tendo eu mesmo chegado a pensar que iríamos ter uma semana seca com temperaturas bastante baixas antes e depois da abertura. No entanto, a coisa compôs-se, e neste momento os dados que temos via Windguru para a cidade de Viana do Castelo apontam para condições bastante razoáveis.
Assim, e termos de chuva, parece-me que não vamos ter muito azar. Pelos vistos, a chuva a sério vai aparecer no dia 1 de Março e podemos mesmo ter a possibilidade de chuva forte em algumas zonas do Minho. Isto é um primeiro sinal positivo, pois se tal se traduzir em aumentos de caudal, ou pelo menos em águas mais turvas, as trutas poderão colocar-se em situação mais comprometedora, ou seja mais a jeito de verem passar a amostra sem sentirem a presença do pescador. Para aqueles que conseguiram tirar o dia de férias, a segunda-feira, dia 2 de Março, parece ter ainda mais potencial, já que a chuva deverá cair com maior intensidade.
Quanto à temperatura, há a registar níveis dentro do normal para esta altura do ano, com amplitudes térmicas entre os 9 e os 13 graus centígrados. São níveis encorajadores e longe dos valores mínimos do início de Fevereiro, fazendo assim antever temperaturas mais elevadas das águas truteiras, o que pode levar a níveis superiores de actividade por parte das trutas. Mais uma vez, não se esqueçam que há que diferenciar entre o litoral e a montanha, pois nesta última as temperaturas continuarão a ser baixas, senão mesmo negativas em alguns locais.
No que diz respeito à nebulosidade, antecipa-se céu bastante encoberto, quer no dia 1, quer no dia 2 de Março. Este facto é também favorável para o pescador, permitindo uma redução da capacidade visual das trutas e permitindo a utilização de amostras com cores mais claras, nomeadamente prateadas.
Ao nível do vento, e “uma vez que não há bela sem senão”, iremos ter rajadas de vento forte a acompanhar a chuva. Isto poderá aumentar a dificuldade de alguns lançamentos e à perda de algumas amostras adicionais, especialmente para os pescadores que ficaram mais enferrujados durante o defeso. No entanto, não nos parece que este factor possa determinar de forma decisiva a qualidade da sessão de pesca, podendo até ser um aliado, amortecendo ou disfarçando na plenitude o barulho feito pelo pescador na margem.
No global, estas previsões apontam para um cenário com bastante potencial para a abertura. Há ainda uma margem de erro significativa a considerar até sexta-feira, e portanto convém ir olhando para os sites de informação climatérica à procura de mais pistas. De qualquer forma, os sinais que temos neste momento já são animadores e podem servir para afinar ainda mais a estratégia do dia 1.
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