Como não podia deixar de ser, tinha que passar pelo Rio Coura antes da abertura. Considerado como um referencial para a pesca à truta na zona do Minho, este é um rio com uma boa densidade de trutas, mas que apresenta um elevado nível de dificuldade de pesca em determinados troços, sobretudo naqueles que estão livres, e debaixo de circunstâncias específicas.
Assim, e à semelhança de outros rios, o Coura também apresentava um caudal bastante generoso, encontrando-se ligeiramente fora das margens. Esta situação era sobretudo condicionada pelas duas barragens localizadas na zona de Covas e que estavam em plena descarga no dia em que por lá passei. Eram notórias as correntes relativamente fortes e em alguns açudes a entrada de água era bastante generosa.
Apesar de tudo isto, a cor da água era bastante transparente e permitia aferir a existência de um nível de poluição relativamente reduzido, algo que não é fácil, atendendo à densidade populacional que se encontra nas margens deste rio. A temperatura da água também se encontrava dentro dos padrões normais para a época, fazendo antecipar um nível reduzido a médio de actividade das trutas, que deve fazer sentir o seu pico nas horas mais quentes do dia.
Não vislumbramos qualquer exemplar de truta, mas pareceu-nos que as mesmas podiam estar sobretudo no centro das correntes mais fortes e profundas.
Atendendo, à actual situação de pluviosidade, acreditamos que a política de descarga das barragens durante o dia 1 de Março será o factor fundamental a condicionar o sucesso das pescarias na zona livre deste rio. Já a zona concessionada estará a leste deste problema, mas poderá ter temperaturas inferiores aquelas que vão existir a jusante.
You must be logged in to post a comment.