A uma semana da abertura, fazem-se as últimas visitas aos rios para realizar uma leitura mais atenta daquilo que podemos esperar no dia 1 de Março. Desta vez, tive oportunidade de passar pelo Rio Côa a jusante da Barragem do Sabugal em dois dias diferentes e o cenário com que me deparei é aquele que pode ser observado nas fotos em anexo.
Depois das chuvas intensas do início do ano, a Barragem do Sabugal encontra-se na sua quota máxima e como tal, o caudal do rio a jusante da mesma está fortemente condicionado pela política de descargas. No primeiro dia que por lá passamos, o caudal encontrava-se em baixo, mas no dia seguinte, o caudal já estava a níveis elevados. Portanto, e admitindo que ainda vai chover mais um pouco até à abertura, é natural que a acção de pesca ao spinning a adoptar seja para já imprevisível, mas estará fortemente condicionada pelas descargas da barragem a jusante do Sabugal, podendo ser boa durante algumas horas e má nas seguintes.
Quanto à temperatura da água, verifica-se que a mesma se encontra a níveis normais para esta época do ano, ou seja, fria, mas não demasiado fria, como era de esperar com o tempo dos últimos dias. Uma parte desse efeito pode ser explicado pelo facto da barragem aumentar ligeiramente a temperatura da água, mas o efeito do sol durante grande parte do dia, agora cada vez mais longos, não é também de descartar.
No que diz respeito à qualidade da água, a registar um nível mais reduzido de poluição que ajuda a que a mesma apresente uma cor mais neutra. Efectivamente, o menor impacto da poluição pode ser sobretudo devido ao maior caudal e às fortes correntes das últimas semanas que disfarçaram e limparam muito do que continua a ser atirado para este rio.
Assim, e mantendo-se o cenário destes dias, é de antecipar uma abertura em que os resultados estarão fortemente condicionados pelas descargas da barragem. Pela força que vimos em descarga, a pesca ao spinning não é impossível, mas fica limitada a zonas com menor corrente ou à utilização de amostras mais pesadas do que o normal.
Quanto a trutas, não vimos nenhuma em acção, mas conhecendo o Côa como conhecemos, isso não é minimamente relevante. O que importa é insistir nos locais mais promissores que elas se lá estiverem hão-de dar sinal 🙂 🙂
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