Na foz de um afluente do Rio Lima

Na foz de um afluente do Rio Lima


Passado mais de um mês sobre a abertura, era mais do que normal que já tivesse realizado uma visita ao Rio Lima para tentar pescar algumas trutas. No entanto, o nível do caudal este ano tem estado muito acima do normal e poucos têm sido os dias onde se pode pescar com condições normais. Assim, tenho adiado de certa forma a minha visita a este grande rio e só no início de Abril é que me decidi a fazer uma primeira auscultação.

Tal como era de esperar, encontrei o Lima fora das margens com a Barragem de Touvedo a debitar em força. Em Ponte de Lima, cheguei mesmo a ver algumas áreas inundadas, demonstrando que o rio se encontrava fora do seu leito.

Enfim, perante este cenário, resolvi então fazer uma breve visita a um dos afluentes do Lima, tentando aproveitar a possível entrada das trutas nalgumas destas linhas de água. Para isso, preparei o meu material de light spinning e resolvi baixar o patamar de tamanho médio das trutas a atacar.

Cheguei ao local por volta das 13 horas e centrei a minha atenção na foz do afluente procurando insistir nas zonas mais influenciadas pela subida de nível do Lima. Os primeiros lançamentos nada produziram. Vi um que outro movimento debaixo de água, mas a distância não me permitia distinguir se era truta ou escalo. Já sem grande esperança neste primeiro local, resolvi realizar um lançamento para jusante e comecei a recuperar lento à contra corrente junto a uma zona de árvores fechadas. A amostra começou a rodar e de repente sinto uma pancada e vejo brilho na ponta da linha. Cravo e do outro lado salta uma linda truta. Estava bem cravada! Lá a trabalhei com calma para evitar situações complicadas com o 0,12 e sem obstáculos não foi difícil cansá-la. Mal a senti com falta de força, deitei-lhe a mão e pu-la ao fresco. Uma linda truta de 28 centímetros.

Truta 28 cm Afluente Rio Lima Abril 2016

Depois desta captura, voltei a insistir imediatamente no mesmo local e tive outro toque, mas desta vez não consegui cravar. Sinal de que havia mais trutas por ali.

Entretanto, e depois de mais 4 ou 5 lançamentos, avancei para montante. A grande altura das margens dificultava a pesca e muitos dos lançamentos eram realizados a tentar a sorte ao máximo. Caso picasse alguma truta, ia ter enormes dificuldades para a conseguir trabalhar e trazer até às minhas mãos. Se fosse grande demais, partiria a linha sem problema, pois a minha margem de manobra era quase nula.

Mesmo com este cenário, fui lançando e trabalhando algumas zonas menos encobertas pela vegetação. Vi três trutas acima da medida que desconfiaram da amostra e tirei duas trutas de tamanho muito reduzido no final da zona de influência do Lima. Estavam metidas por entre os troncos de árvores e só mesmo de posição difícil é que se conseguia meter lá a amostra.

Deixando a zona de influência do Lima, notava-se que a actividade era menor e também se notava uma maior pressão de pesca. Vi uma que outra truta pequena a mexer, mas sem grande vontade de atacar. Perante isto, resolvi dar por terminada a minha breve incursão neste afluente e passar ao seguinte. O Lima não se tinha alterado e portanto nem valia a pena meter o material de heavy spinning.

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Informação sobre o autor

Pescador de trutas desde os 18 anos. Tem uma forte dedicação ao spinning com colher e peixes artificiais, tendo pescado em Portugal, Espanha e no Reino Unido. Actualmente, pesca sobretudo na zona do Minho, Gerês e Centro do país.