Mais um dia de fim de semana e mais uma oportunidade para ir à pesca. Com os rios a denotarem alguma pressão, resolvi escolher um destino que me foi favorável no ano passado; o rio Tâmega à passagem pela zona de Amarante. Não esperava encontrar grandes trutas, mas pelo menos esperava encontrar algumas emoções e a possibilidade de pescar pesado com cana de 2,7 metros.
Depois de alguns afazeres, cheguei ao local de pesca por volta das 11 horas. Já um pouco tarde para começar a pescar, mas como as águas ainda andavam um pouco frias, podia ser que a luz do sol fizesse a diferença e imprimisse níveis de actividade superiores às trutas. Pelo menos, era isso que eu esperava, mas desde logo fiquei satisfeito só pelo facto de verificar que não havia concorrência no sítio que queria pescar.
Sem muitas delongas, peguei na cana de 2,7 metros, amostras nº3 e fio 0,18. Entrei logo num açude bastante generoso, onde desembocava uma pequena linha de água. O primeiro lançamento foi realizado a cerca de 30 metros, sem qualquer ocorrência. Segundo lançamento a 60/70 metros, comecei a recuperar e mal a amostra entrou na linha da corrente, senti uma pancada e a cana dobrou. Cravei e ao longe vi uma truta a dar de lado, aproveitando ao máximo a força da corrente. Lá a segurei como pude e como estava bem cravada, não tardou até chegar aos meus pés. Uma linda truta de 29 centímetros do Tâmega que safou logo à grade ao segundo lançamento.
Animado por esta captura, que já safava a faina, a avancei para o local seguinte que ficava um pouco mais a montante no açude. Outro lançamento largo, começo a recuperar e outro safanão, desta vez mais forte, na linha. Cravo com força e ao longe vejo uma truta de tamanho bastante razoável a saltar fora de água. Tento manter a tensão na linha e ela aproveita ao máximo a força da corrente para tentar passar para baixo do açude. Lá a seguro “in-extremis” e com alguma calma, saco de camaroeiro e coloco-a ao alcance do meu camaroeiro. Uma truta de 31 centímetros!
Mais relaxado por o dia estar a correr bem tão depressa, avancei para novo local e meti uma nova amostra, só para testar. Lançamento para longe e quando a amostra vem a entrar numa zona de pedra, sinto uma prisão na linha e vejo uma truta a saltar fora de água. Nem foi preciso cravar. Em pouco tempo, tinha cá fora outra truta de 28 centímetros.
Assim, e em pouco de mais de 20 minutos, já tinha 3 boas trutas facturadas. Como era de esperar, o ritmo teve que amainar. Nos lançamentos seguintes, nada se passou. Foram duas horas a coar água, até que cheguei a uma zona com corrente de seixo e algumas pedras mais salientes. Era também uma zona mais aberta onde podia insistir nos lançamentos largos.
Num destes lançamentos, consigo cravar uma truta a meio do rio que desesperadamente se tentou meter debaixo de umas raízes. Lá usei todo o comprimento da cana para a tentar desviar e depois conduzi-la para as minhas mãos. Outro lindo exemplar com 30 centímetros.
Já no final, e em plena zona de corrente mais viva, consigo cravar uma truta mesmo ao centro do rio. Entrou com força e correu imediatamente para jusante aproveitando a corrente. O carreto ainda chiou com vontade, mas depois de algum trabalho consegui levar a água a bom porto. Em menos de 3 minutos, e com alguma ginástica para descer a margem, consegui colocar uma bonita truta de 33 centímetros ao meu alcance.
Com este lindo exemplar, fechei o tasco no Tâmega. Ainda fiz mais 500 metros para montante, mas não havia sinal de peixe. Assim, e já perto das 16 horas, resolvi dar a sessão por acabada. Para uma visita ocasional, tinha corrido muito bem e portanto não valia a pena insistir. Haviam alguns sítios que eu ainda queria bater, mas ficam para uma próxima oportunidade …

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