Inícios de Abril e ameaça de chuva para o fim de semana. Depois de ter combinado com o Bruno Ferreira, resolvemos avançar para o Gerês e atacar o local secreto do Torres. As expectativas não eram muito grandes, até porque a abertura das barragens já tinha acontecido e se antecipava um dia de frio e com chuva, mas mesmo assim não esmorecemos e empreendemos a longa deslocação até ao local desejado. Durante o caminho fiquei bastante bem surpreendido pelo facto de não estar a chover e também pelo facto de a temperatura estar relativamente moderada, atendendo à época do ano.
Mal chegamos, a coisa mudou logo de figura e começou a aparecer a chuva e o frio. Lá nos equipamos. Canas de 2,7, fios mais fortes e amostras nº3 para cima, com o Bruno a apostar num rapala que lhe tem dado bons resultados. Fui o primeiro a terminar o serviço e, como tal, avancei para um canto onde eu sabia que podia estar uma boa truta. Era uma entrada de linha de água com um caudal substancial. Estava a lançar numa zona com dois metros de largura e 3 a 4 metros de profundidade. Primeiro lançamento, nada. Segundo lançamento, nada. Terceiro lançamento a cerca de 5 metros de mim e em diagonal para a outra margem. Comecei a recuperar lentamente e quando a amostra fecha o arco para sair fora de água, vejo uma boca a surgir do meu lado, a abocanhar a colher e a levar tudo para baixo. Cravei com força e o carreto começa a chiar a sério. Lá tentei segurar o ímpeto da truta e procurei evitar os ramos da margem. Não me parecia que ela quisesse parar e se se enrolasse nos ramos, ia perdê-la de certeza.
Consegui controlá-la e com calma travei-lhe as primeiras corridas. Depois, o combate foi mais de rodar o corpo e tentar partir o fio. Lá a fui desenrolando e preparando o camaroeiro. Ainda me custou a tirá-lo por causa da capa de chuva, mas eventualmente consegui. Com o camaroeiro dentro de água e à quinta passagem, meti uma linda truta de 47 centímetros dentro da rede. Uma truta bem alimentada e com um lombo bastante considerável para o tamanho que apresentava.
Com esta captura, fiquei logo arrumado. O dia já estava mais do que feito e não me parecia que fosse melhorar muito. A chuva começou a engrossar, bem como o frio, e eu e o Bruno começamos a entrar em ritmo de pesca intensiva. Durante cerca de 5 horas, pescamos em zonas de primeira categoria e fomos tendo movimentações pontuais de algumas trutas que mordiam, mas não cravavam. Parecia que estavam cautelosas. Ao mesmo tempo, a sorte não era muita, pois não faltava concorrência nos locais com maior potencial.
Assim, fomos esticando a corda até mais não. Já com as forças, sobretudo anímicas, a faltar, fizemos um último troço e o Bruno conseguiu tirar uma truta de 37 centímetros ao rapala, também numa entrada de uma linha de água.
Entretanto, o frio puxado a vento atingiu níveis acima do normal e tivemos que abandonar a faina naquele local. Ainda viemos explorar um local novo, mas apenas ficámos estupefactos com a queda de água que encontramos. Trutas nem vê-las, numa zona que parecia espectacular.
Assim, e já por volta das 17 horas, fechamos o tasco. Cada um tinha tirado a sua truta e o dia tinha sido muito bem passado, apesar do frio e da chuva intensa. Marcamos algumas trutas e certamente que voltaremos ao ataque ao lugar secreto do Torres. O que é preciso é que o Torres continue em Gibraltar para não as enxotar!!
Fico feliz por saber que no meu spot as cavacas continuam a dar alegrias. Mario eu quando estive em PT a semana passada também foi ao teu spot as cavacas. Por isso não vale a pena ires la tão cedo que estão bem picadinhas 🙂
Andas Bravo!! Já nem ligas aos amigos!
Abraço 🙂 🙂
Trutas, como posso te enviar uma mensagem?
Por email para mplaferreira@yahoo.com.
abraço