Com Julho a entrar, o tempo a aquecer e as férias a quererem começar, surgiu-me uma chamada do Torres a desafiar para uma despedida de solteiro com pesca às trutas nas barragens do Gerês. Atendendo às condições climatéricas de inícios de Julho, a proposta parecia demasiado irrealista, mas atendendo ao calibre do amigo que se ia “enforcar” em breve, achamos que não devíamos poupar ao nível do terreno de jogo. Para piorar ainda mais as coisas, eu e o Ivo resolvemos só pescar ao Black Minnow.
Bem, depois das peripécias dos encontros e cafézadas das 6 da manhã, chegamos ao local de pesca eram 7 e pico. Toca a preparar material e em pouco tempo, estávamos a coar água. O Torres, como trazia uns kilos de ganância acumulada de Gibraltar foi o primeiro a entrar na zona a bater, mas eu mal entrei tive logo 3 ou 4 toques, mas nada de cravar. Viva o Black Minnow!!
Um pouco mais de insistência e de repente fez-se luz. Eu e o Torres abrimos hostilidades com dois pequenos luciopercas. Toques não faltavam e não continuaram a faltar à medida que íamos lançando.
Eu resolvi trilhar águas mais profundas, mas o Torres ficou nas águas mais “shallow” e foi dando pancada seguida na criação de lucioperca. Trutas é que nem vê-las. Parecia que tinham levado sumiço.
Depois de uma hora a malhar, resolvemos voltar ao contacto com uma parte do grupo e surgiram as primeiras histórias de trutas. Bons exemplares a seguir a amostra até à margem, mas sem grande interesse.
Com o passar do tempo, a despedida de solteiro foi-se tornando cada vez mais um teste à paciência do noivo, até que finalmente, e depois de ter tido várias picadelas, tirou uma truta (a única do dia) com 26 centímetros. Como era de esperar, a truta entrou à colher, depois de ter visto tanto isco de primeira qualidade a passar. Enfim, estava reservada. Do meu lado, ainda tive uma besta presa no Black Minnow, mesmo junto a um penedo com profundidade superior a 10 metros, mas depois de 20 segundos a arrastar aquilo que parecia um tronco, lá se soltou. Até havia quem já tivesse o camaroeiro na mão para dar azar!! Pareceu-nos um lucioperca de recorde, mas sem visualização, foi mais um tema para uma ou outra chalaça!!
Com o calor a estalar, fomos direitinhos para Pisões, mas não para a Barragem. Em vez disso, estacionamos no Restaurante Dias e mandamos vir quatro costeletões para 6. A faina estava em cima da mesa e ninguém deixou fugir pitada.
Já bem refastelados, ainda viemos coar água a Pisões, mas foi mesmo só para digerir a comida. Com água ainda qb e peixes a não mexer, foi mais uma passagem inglória por este local. Trutas só mesmo no viveiro.
No final, a despedida de solteiro até foi bastante civilizada. Não se apanhou peixe, não se matou peixe e comeu-se bem. Senão conhecesse bem o pessoal, até diria que passamos todos a pescar sem morte!!
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