Final de Julho e mais uma breve ida ao Lima em dia de calor. Desta vez, o local escolhido foi Ponte de Barca e a ideia era bater um troço com alguma profundidade numa zona marcada por muitas árvores que ajudam a providenciar cobertura e sombra para algumas trutas.
O dia estava bastante quente e barragem de Touvedo tinha parado o débito depois de ter estado a funcionar em força durante mais de 4 horas. Pareceu-me a altura ideal para poder tentar algumas trutas que entretanto podiam estar a procurar novo esconderijo com a descida do nível das águas.
Para atacar o local escolhido, resolvi pegar na cana de 1,8 metros, fio 0,18 e amostra tanger nº3. Mal entrei na margem, deparei-me com um cenário característico para esta altura do ano; pouca água, muita alga e uma que outra visualização de peixe à superfície. Comecei a malhar junto à saída de um açude. Como era de esperar os primeiros lançamentos começaram a ficar presos nas algas que ocupavam o centro da corrente e como tal tive que acelerar a recuperação. Comecei a ver algumas pequenas trutas atrás da amostra, mas nada de registo.
Com condições difíceis para pescar as correntes, resolvi avançar para as zonas mais fundas por debaixo da copa das árvores. Lançamento atrás de lançamento, comecei a ver os primeiros exemplares de algum nível e fui tendo os primeiros toques. Como era de esperar, tiro a primeira truta por entre os ramos de uma árvore. Lançamento para o centro do rio, começo a recuperar e quando a amostra entra numa zona cheia de raízes de árvores, arranca uma truta com força e crava-se quase automaticamente. Uma linda truta de 16 centímetros que rapidamente regressou à água.
Com esta primeira captura realizada, o clima de tensão aligeirou e pude realizar uma cobertura mais calma do troço em questão. Durante duas horas, bati zonas bastantes interessantes e cheguei a ver três bons exemplares, mas a madeira e a inclinação da margem não ajudaram à festa, e elas perceberam o que se passava, antes de abrirem a boca.
Enfim, com os bons exemplares a mostrarem-se desconfiados, o que acabou por funcionar foram as trutitas pequenas, que nas zonas menos profundas estavam bastante activas e deram luta à colher nº3. Tirei quatro numa zona de alguma corrente e tive outros tantos toques, quase que de forma contínua.
Com o calor a acentuar-se e as grandes trutas a mostrarem-se ainda mais esquivas, acabei por finalizar a pesca naquele troço. Fiquei satisfeito com a densidade de trutas observada, especialmente atendendo ao facto de já estarmos em final de temporada. Claramente um sinal auspicioso para o próximo ano.

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