Apoios às entidades gestoras de concessões.

Apoios às entidades gestoras de concessões.

Apesar de esta portaria já ser de Julho deste ano, ainda são várias as pessoas responsáveis por entidades gestoras de concessões de pesca desportiva (agora chamadas de zona de pesca lúdica) que a desconhecem totalmente. Efectivamente, esta portaria enquadrada no âmbito do programa 2020 é claramente uma ferramenta de grande valor acrescentado para as entidades com um papel dinâmico em termos da gestão da pesca (e também da caça). Com um envelope de apoio até a um custo total de 75 000 euros, comparticipando até 75% das despesas elegíveis, este instrumento é uma ferramenta relevante para revitalizar muitos dos troços de rios que estão neste momento a ser geridos com muitas dificuldades.

Assim, em termos mais concretos, e no que diz respeito à pesca desportiva, as despesas elegíveis têm a ver com recuperações de zona de desova, obras em açudes, estabilização das margens, naturalização de cursos de água, escadas de peixe, criação de aplicações ou sites para promoção da oferta e/ou venda de licenças, sinalética, pistas de pesca, etc.

Placas concessão Rio Neiva Março 2015

Para um conhecimento mais apurado de todas as despesas cobertas, bem como dos procedimentos a adoptar para usufruir destes apoios, o melhor mesmo é consultar a portaria na íntegra:


No global, esta é uma ferramenta bastante relevante e que neste momento está totalmente a passar ao lado da maioria das entidades gestoras das concessões de pesca. Efectivamente, um dos principais problemas que afectam estas entidades é a falta de dinheiro para conseguir limpar margens e restaurar açudes, que são despesas bastante onerosas. Penso que com esta portaria se deu um passo no bom sentido, pelo menos na teoria. Agora a prática tem que se seguir e portanto realizo daqui um apelo a todos os pescadores de trutas que sejam gestores de concessões ou que conheçam alguém que faça parte da gestão das mesmas para passarem a mensagem, e ajudarem a transformar em realidade algumas das boas ideias que existem neste país.

Aproveito desde já também para avisar que convinha utilizar estes apoios para o fim a que se destinam e não para planos de pequeno enriquecimento pessoal. Convém saber muito bem o que se está a fazer e recorrer previamente a ajuda especializada, antes de se começarem a mover leitos e alterar margens, só porque é preciso mostrar obra e sacar o dinheiro. Já vimos alguns exemplos desse tipo a ocorrerem no nosso país e isso não dignifica nada a nossa classe.

Acho que esta é uma oportunidade de ouro para se fazer algo com cabeça, tronco e membros, melhorando significativamente o panorama de desprezo e abandono dos nossos cursos de água a nível nacional. Só vai depender de nós conseguir fazer a diferença. Da minha parte, e para evitar que esta seja mais uma medida criada para ficar no esquecimento, aqui fica o apelo para que a divulguem e ponham em prática.

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Informação sobre o autor

Pescador de trutas desde os 18 anos. Tem uma forte dedicação ao spinning com colher e peixes artificiais, tendo pescado em Portugal, Espanha e no Reino Unido. Actualmente, pesca sobretudo na zona do Minho, Gerês e Centro do país.