Em início de Junho, resolvi realizar uma expedição ao Rio Minho com o Bruno Ferreira. A ideia era aproveitarmos o primeiro fim de semana do mês para tentar mexer alguma truta ou savelha que andasse mais descuidada. Os relatos que nos chegavam desde o rio Minho eram promissores e portanto havia alguma expectativa sobre o que a pescaria poderia render.
Desde logo, resolvemos começar o dia com um horizonte alargado procurando facturar aquilo que se dignasse a aparecer. O local escolhido para iniciar a faina foram as termas de Monção e mal chegamos (perto das 7 horas da manhã) era notória a presença da concorrência com vários carros parados, mas também a presença de peixe que se ia movimentando à superfície. Pareciam tratar-se sobretudo de pequenos escalos ou trutas e portanto, resolvemos adoptar uma postura flexível em termos de iscos, começando eu com o Black Minnow e o Bruno com a Tanger nº3 prateada. O resto do pessoal andava quase exclusivamente à chumbadinha com os famosos “bichos” do Cerdeira, sempre a malhar certinho nos mesmos poços. Enfim, resolvemos contrariar a tendência!!
Os primeiros lançamentos saíram mesmo em frente às termas. Tentamos trabalhar os iscos o melhor possível, de forma tentar deixá-los afundar, antes de os meter nos poços. O problema é que o peso do Minnow não era muito elevado e era precisa alguma ginástica para tentar conseguir trabalhar os assuntos com a precisão exigida.
Lá fomos malhando e deitando o olho ao resto do pessoal. Entretanto, era notório o aumento de congregação em áreas muito específicas.
Numa zona de corrente mais viva e com menor profundidade, realizei um lançamento para montante e aguardei um pouco. De repente, notei um movimento bastante estranho na linha, que estava com tensão qb, e cravo como por instinto. Do outro lado, sinto peixe cravado e comecei a trabalhar com a força que se impunha. Era um peixe bastante vivo e que estava continuamente a saltar fora de água. Lá o fui desviando das ervas e com alguma paciência consegui-o arrastar até à margem e foi aí que me dei conta de que tinha cravado uma savelha. Não muito grande, mas de qualquer forma tinha-se cravado no anzol principal do Minnow. A minha primeira savelha de 2017 e uma estreia absoluta ao Black Minnow provando que elas também gostam disto!!
Depois desta captura, fiquei entusiasmado e voltei à faina. Os lançamentos foram-se sucedendo, mas quer do meu lado, quer do lado do Bruno, as coisas estavam paradas. Entretanto, começaram a sair algumas savelhas à chumbadinha junto da concorrência e achamos que era de bom tom, mudar de abordagem. A verdade é que não estava a sair nenhuma quantidade de especial, mas mesmo assim era melhor que nada. Desta forma, resolvemos trocar o isco e isto foi providencial para o Bruno que conseguiu livrar a grade e tirar duas boas savelhas com uma chumbadinha que lhe emprestei.
Os resultados positivos fizeram-se sentir até próximo do meio dia. A partir dessa hora, parece que tudo estagnou e nós recolhemos à loja de pesca de Monção para gastar o dinheiro. Não se gastou muito, mas ao menos trocaram-se umas ideias e riu-se um bocado.
Quanto a voltar ao rio, ainda fizemos mais uma perninha, mas sem resultados. O calor e o céu claro não ajudaram a melhorar a safra. Íamos ter que nos contentar apenas com o que saiu da parte da manhã e se quiséssemos mais, tínhamos que aparecer noutro dia … De qualquer forma, a verdade é que ainda há umas savelhas no Minho. Agora, a quem saem, como saem e quando saem, é que são as grandes questões!! Haja dinheiro para o combustível!!
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