Abertura à truta na Lagoa do Vale do Rossim

Abertura à truta na Lagoa do Vale do Rossim




Com as pescarias nas lagoas da Serra da Estrela a revelarem-se momentos bastante interessantes do ponto de vista de capturas e de convívio, ficou a vontade de lá voltar e portanto começaram-se a desenvolver todos os esforços para não falhar a próxima abertura. Assim, com algum esforço de agenda e dinamização de pessoas amigas, conseguiram-se arranjar 4 licenças para a abertura da pesca com morte na Lagoa do Vale do Rossim. Três pescadores vinham do Porto (eu, o Prof. Arlindo Cunha e o Dr. Manuel Pintalhão) e o quarto vinha de Viseu (Prof. Lemos de Carvalho). Ponto de encontro em Nelas às 6 horas da manhã para podermos estar no local de ataque pelas 7 horas. Já tarde, mas não se podia ter tudo!!

Quando chegamos à barragem, já devíamos ter mais de uma dezena de pescadores na margem a tratar de tirar as primeiras trutas. Rapidamente nos preparamos e comecei logo a malhar junto do muro. Iniciei a faina com Black Minnow. Tive logo um bom toque ao primeiro lançamento, mas a truta cuspiu o isco. Depois deste primeiro sinal, nada mais. Entretanto, ao meu lado esquerdo surgiu um pescador à colher a realizar vários lançamentos. Tirou uma trutita, tirou a segunda e eu decidi logo mudar para a Tanger prateada número 3, enquanto o sol ainda não batia na água. Foi a solução correcta. Começaram a sair as primeiras trutas e abri as hostilidades com um primeiro exemplar de cerca de 26 centímetros que aparece na foto abaixo. Tudo arco-íris e com pouco tempo de habituação à lagoa, porque aquilo que me pareceu observar via textura e formato da cauda.

Com a grade desbloqueada, a pescaria tornou-se menos intensiva e passei a observar mais o que se passava ao meu redor. Desde logo, comprovei um significativo aumento da temperatura da água, relativamente à minha última visita, e também verifiquei uma grande densidade de pequenos peixes, escalos. Certamente que não faltaria alimento deste tipo para as trutas e as imitações de peixe pequeno, tipo Black Minnow e outras, poderiam não ser as mais adequadas já que muitas delas poderiam estar bem alimentadas com este tipo de isco. Assim, as colheres, ao oferecerem algo de diferente e brilhante poderiam estar a dar mais resultado.

De facto, durante a manhã foi a Tanger que deu cartas em todos os locais, mesmo de cima do muro da lagoa. Foi sempre a andar e só a muito custo me consegui controlar para estourar o meu limite. Do lado dos meus amigos, só o Dr. Manuel Pintalhão é que tirou algumas trutas de jeito, enquanto os amigos Arlindo e Lemos de Carvalho, pouco mais fizeram que safar a grade.

O panorama geral junto dos outros pescadores era misto. Alguns nada tiraram, outros tiraram pouco e outros tiraram boas quantidades com iscos naturais e sem qualquer respeito pelo limite de capturas. Enfim, há de tudo.

No final, e para acabar com a truta que me faltava, meti o Black Minnow e só pesquei no muro durante uma hora e pico. Toques qb e consegui cravar uma boa truta de 28 centímetros para fechar a festa. Mais um excelente dia marcado por muita acção, muito convívio, boa gastronomia, sol, calor e boa disposição. Uma expedição a repetir e se calhar ainda este ano!!

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Informação sobre o autor

Pescador de trutas desde os 18 anos. Tem uma forte dedicação ao spinning com colher e peixes artificiais, tendo pescado em Portugal, Espanha e no Reino Unido. Actualmente, pesca sobretudo na zona do Minho, Gerês e Centro do país.