Calamidade de lucioperca …

Calamidade de lucioperca …

Depois de pousio forçado devido ao estado de calamidade e após ter ouvido histórias de capturas fantásticas que me deixaram imensas dúvidas, resolvi tentar uma zona que para mim ainda era desconhecida, mas que pela sua configuração e localização apresentava um bom potencial. O objectivo principal era apanhar uns achigãs de pequeno tamanho e pouco mais do que isso!! Aliás, o tal pescador com quem falei disse-me que tinha tirado muitos achigãs de pequeno tamanho nesse local e que não valia a pena fazer a viagem!!

Cheguei ao local por volta das 8 horas da manhã e iniciei a faina com Black Minnow, numa zona com sombra e bastante vegetação. Via-se muito peixe de pequeno tamanho em grandes cardumes, mas poucos predadores. Fui malhando e durante uma hora, apenas vi alguns pequenos achigãs a mexer e conseguir tirar um com 20 centímetros junto a um pilar de uma ponte. Pura perda de tempo.

Entretanto, o tempo começou a aquecer e eu resolvi ir para uma zona com menos profundidade e mais descoberta. Meti um rapala e ainda experimentei um GT-Bio. Com o rapala, tirei um achigã sem tamanho e com o GT-Bio, tirei um lucioperca de 23 centímetros. Fiquei espantado pelo lucioperca estar por ali, mas nada de especial. Entretanto, perdi o GT-Bio e mudei para um rapala CDJ de 9 centímetros cor RT. Uma amostra que adoro para os grandes predadores, mas que tenho utilizado pouco!! E mal … Já eram 10h30 e com um lançamento largo, tenho a primeira cravadela e o carreto a chiar ..!! Puro peso para arrastar!!

Em pouco menos de 2 horas, tirei 10 kilos de peixe com apenas 6 peixes. Nem saí do sítio. Perdi mais tempo a cortar fio e mudar de amostras do que a dar com o peixe. Numa zona de transição de profundidade e com ramalhos secos dentro de água, dei com um bom cardume de luciopercas. Uma autêntica calamidade que me proporcionou bons momentos de pesca, mas que não augura muito para o futuro da barragem, especialmente em termos de ciprinideos.

Chegado às 12h30 e com o termómetro a bater nos 40 centígrados, tive que abandonar a faina. Afinal, sempre havia alguma verdade no discurso que eu tinha estado a ouvir!!

A questão fundamental é sempre dar com o sítio e as condições ideais para por os grandes bichos a picar. Ainda lá deve haver peixe maior e portanto, farei mais uma ou duas visitas antes de acabar as férias…

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Informação sobre o autor

Pescador de trutas desde os 18 anos. Tem uma forte dedicação ao spinning com colher e peixes artificiais, tendo pescado em Portugal, Espanha e no Reino Unido. Actualmente, pesca sobretudo na zona do Minho, Gerês e Centro do país.