Histórias do Douro Internacional …

Histórias do Douro Internacional …

Na sequência de uma passagem recente pelo Douro Internacional com a família, ficando alojado em Figueira de Castelo Rodrigo, resolvi fazer uma visita a alguns locais que conheço relativo bem, mas aonde pesco muito de vez em quando, devido à falta de qualidade das águas, que depois acaba por determinar também a falta de qualidade do peixe para consumo humano. Assim, e aproveitando algumas tréguas ao nível da calamidade pública decretada pelos “iluminados” que nos governam, resolvi rumar à foz do Águeda em Barca de Alva.

Mais do que pescar, a minha intenção principal era tentar sondar as águas para perceber como é que estaríamos em termos de variedade e densidade de peixe. Quando cheguei ao local pretendido não vi qualquer pescador, mas foi sol de pouca dura, porque rapidamente me deparei com pescadores por todo lado. Dois ou três da margem ao fundo e pelo menos um a pescar de barco. Bem … as expectativas baixaram logo rapidamente!! De qualquer forma, peguei no material e comecei a bombar amostras para a água, trabalhando quase unicamente com Black Minnows de 9 e 7 centímetros.

Como era de esperar, os resultados começaram-se logo a sentir e saíram os primeiros achigãs pequenos. Toques ligeiros e capturas muito próximo da margem. Nada de especial, mas dava para me ir divertindo sem stresses.

Enquanto isso, a temperatura ia engrossando e já passava dos 35 graus às 10h30. Mau sinal para mim e para o peixe que iria começar a procura os fundões.

Lá fui insistindo, e com mais uns achigãs pequenos à mistura, tirei um lucioperca de pequenas dimensões. Confirmação clara de que esta espécie anda também por estes lugares.

Com a manhã a decorrer sem novidades, encontrei um pescador local por volta das 12 horas e aqui vai o resumo daquilo que ele me contou (cada um acredite no que fizer mais sentido):
– Tinha tirado dois lucioperca com cerca de meio kilo, mas já estavam no carro.
– Sabia de alguns sítios onde existiam luciopercas enormes, tendo tirado já alguns com 12 kilos.
– Não pesca à truta, mas tinha estado há algum tempo atrás na barragem do Caldeirão onde tinha tirado uma truta de 7,5 kgs!! Grande nível!!
– Tinha já visto alguns siluros na zona do Douro Internacional, perto da Barragem de Saucelhe.
– Lúcios (esox) de grande tamanho não faltavam perto daquela zona – tendo tirado já um de 12 kilos.

Com este desenrolar de andamento, fiquei arrumado e resolvi acabar a pesca, pois realmente eu não andava ali a fazer nada 🙂 🙂 Tinha que repensar a estratégia e tomar decisões importantes sobre como fazer mais e melhor!! Ou isso, ou pensar em falar menos com pescadores da zona para não ter grandes expectativas 🙂 🙂

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Informação sobre o autor

Pescador de trutas desde os 18 anos. Tem uma forte dedicação ao spinning com colher e peixes artificiais, tendo pescado em Portugal, Espanha e no Reino Unido. Actualmente, pesca sobretudo na zona do Minho, Gerês e Centro do país.