Depois das grandes polémicas sobre a possibilidade de introduzir uma lei com vista a erradicar espécies piscícolas exóticas em Portugal, eis que surge o exemplo de Espanha, onde esse tipo de abordagem já estava em funcionamento. Reconhecendo a incapacidade e sobretudo a irracionalidade do ponto de vista de gestão dos ecossistemas associada à erradicação de espécies invasoras, o senado Espanhol resolve dar ouvidos aos pescadores e a outras pessoas que estão no terreno. Assim, produziu-se há muito pouco uma alteração legislativa que retira o arrui, a carpa, a truta arco-íris e o caranguejo vermelho da lista de espécies a abater de forma indiscriminada.
Para uma leitura mais atenta, nada como consultar a notícia no site da revista Jara y Sedal (abaixo):
Artigo da Revista Jara y Sedal
Efectivamente, este é um passo na direcção certa que deve desde já inspirar os políticos Portugueses e os técnicos do ICNF. Em vez de andarem atrasados alguns anos relativamente aos outros países da Europa, procurando copiar o mau, convinha que abrissem os olhos e aproveitassem a oportunidade para começar a pensar num novo cenário em que a gestão equilibrada, e não a erradicação, das espécies exóticas, deve ser o paradigma a privilegiar. Relativamente a Espanha, Portugal manteve-se à distância de experiências sem nenhum sentido que trouxeram graves desequilíbrios em vários ecossistemas, e portanto tem melhores condições para começar a trabalhar uma nova realidade desde já!!
Esperemos que assim seja!!
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