Bacia hidrográfica do Coura – Março 2018

Bacia hidrográfica do Coura – Março 2018




Tendo passado nos primeiros dias da temporada pela bacia hidrográfica do Rio Coura, nomeadamente Rio Coura e Ribeira de São João de Agra, não podia deixar a oportunidade para resumir aquilo que foram as principais tendências observadas nestes locais. Assim, as chuvas do início de Março tiveram um efeito contundente e bastante significativo nesta zona levando a caudais com um força bastante elevada, sobretudo em zonas de maior inclinação, como a Ribeira de São João de Agra. Já no rio Coura, e sobretudo na zona de Covas, o efeito das barragens fez-se sentir e acabamos por ter alguma moderação no ritmo das correntes. Assim, a situação era seguinte em termos de condições de pesca: ribeira de São João de Agra (praticamente impossível de pescar) e rio Coura (pescável, mas sujeito a condicionantes para determinadas técnicas em zona de maior corrente).

No que reporta à qualidade da água, e apesar das fortes enxurradas, pareceu-nos que a visibilidade ainda era alguma, ou seja, os rios apresentavam uma cor relativamente acastanhada ou cinzenta, mas não demasiado escura que impedisse totalmente a visibilidade das trutas. No que diz respeito à temperatura da água, a mesma pareceu-nos dentro de padrões normais para a época do ano e não nos pareceu que fosse demasiado fria para condicionar o comportamento e nível de actividade das trutas. A haverem alterações de comportamento das trutas, possivelmente a fonte teria que ser de outra natureza.

A nível global, as condições pareceram-nos muito melhores para a pesca à minhoca ao fundo do que para o spinning ou qualquer outra pesca com isco artificial. As poucas trutas que vi a sair no dia da minha visita, foram tiradas ao fundo a pescar com minhoca ou “asticot” nalguns casos. Efectivamente, notou-se que nenhum pescador estava muito importado com a lei e só queriam mesmo era conseguir capturar um exemplar, isto apesar de estarem mesmo junto à estrada.

Atendendo à falta de fiscalização e sobretudo ao clima de maior proibição e custos para os pescadores, não me surpreende que o descontentamento aumente e portanto este tipo de atitudes se torne cada vez mais frequente. Aliás, existiram várias pessoas que também fecharam os olhos à proibição na zona de pesca profissional do Lima e pescaram na mesma e ainda continuam a pescar às trutas!!

No global, e olhando a estas condições do Coura, parece-me que os melhores dias da temporada de spinning ainda estão para vir … Há que aguardar!!

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Informação sobre o autor

Pescador de trutas desde os 18 anos. Tem uma forte dedicação ao spinning com colher e peixes artificiais, tendo pescado em Portugal, Espanha e no Reino Unido. Actualmente, pesca sobretudo na zona do Minho, Gerês e Centro do país.