Em pleno mês de Março com a chuva ainda a bombar, e depois de uma manhã pouco produtiva no rio Coura, resolvi dar uma apitadela ao amigo Bruno para ver o que se andava a fazer. Eram 11h20 e do outro lado, ele diz-me que tinham saído duas trutas no rio Homem. Ainda pensei se valia a pena juntar-me a ele, mas sem grandes opções, e ainda com vontade de tirar umas trutas a sério, resolvi avançar para a zona onde ele se encontrava. Depois de me enviar as coordenadas, demorei 45 minutos a chegar às margens do Homem, num sítio que já conhecia.
O rio corria a um nível relativamente elevado, mas dentro das margens e com uma ligeira cor escura. Pareceu-me o cenário ideal para tirar umas trutitas, o único senão era escolher o local certo. Depois de conversarmos durante cinco minutos, resolvemos atacar uma zona mais a montante onde eu já tinha pescado, mas que costuma ser altamente frequentada. Lá fizemos a deslocação para montante e em pouco menos de 10 minutos, estávamos no local e começamos a malhar. Eu com o minnow e o Bruno com a tanger. Claramente, a tanger demonstrou ser a melhor escolha, e depois de eu ter tido um toque, o Bruno arranca a primeira truta de cerca de 27 centímetros. Um lindo exemplar que ele devolveu imediatamente. Insisti no mesmo local onde ele estava, mas sem qualquer resultado. Ele manteve a colher, e ligeiramente mais para montante, tira outra truta. Acabou logo ali o minnow. Toca a meter colher, mas em vez de tanger, meti logo uma mepps aglia nº2.
Com o caminho para montante a tornar-se difícil, voltamos para trás e fizemos cerca de 1 km para jusante, numa sequência de bons poços e correntes. Não se via sinal de pescador, mas nem assim as trutas mexiam. Tivemos que levar o nosso esforço até ao limite para conseguir mais uma captura. Desta vez, e para safar a má figura, fui eu o contemplado. Lançamento paralelo à minha margem numa zona de areia, com a truta a cravar-se aos meus pés. Com apenas 15 centímetros, foi só levantar, tirar foto e devolver …
Com esta captura, e sem mais espaço para andar, fomos à procura de novo paradeiro para fazer os últimos lançamentos da jornada. Escolhemos mais um local com boas correntes e bons açudes, e portanto, tudo estava pronto para as coisas correrem bem. Atendendo às condições no local, resolvi utilizar apenas a tanger e foi a escolha certa.
Primeiro açude, encostado ao Bruno, dois lançamento para uma corrente antes do açude e duas trutas cravadas. Uma delas com bom tamanho, a medir os 32 centímetros. O Bruno nem percebeu muito bem o que se passava. Ele também estava a malhar no mesmo sítio, mas parecia que elas não queriam nada com a amostra dele. Eram trutas finas 🙂 🙂
Engrenado com estas duas capturas, avancei para o açude seguinte com mais força ainda. Nem a entrada de um pescador local armado em artista a desafiar o pessoal trouxe qualquer alteração nos planos. Onde ele andava, passávamos nós a tirar trutas. Mais eu do que o Bruno. Em cada buraco, havia sempre um toque ou uma truta disposta a atacar, com as tanger a fazer estragos. Já na ponta final e na saída de uma corrente, tenho um ataque forte e o carreto começa a cantar. Tiro a truta do centro da corrente e com calma tento encostá-la. A ajuda do Bruno é providencial e ocorre na altura certa, fazendo com que a captura fosse um sucesso. Pelos vistos, a truta já lhe tinha dado um toque e só se cravou no meu triplo. Se calhar, mais sorte do que saber, mas a faturação engordou substancialmente com esta truta de 41 centímetros.
Não satisfeitos com isto, ainda fizemos mais 200 metros de rio até ao próximo açude e consegui faturar mais uma truta de tamanho médio. O dia estava a terminar bem e a chuva não nos largava. Ainda restava, algum vontade de continuar, mas o sentimento era de que já tínhamos a nossa conta. Íamos deixar o que ainda faltava bater para a próxima. Não nos parecia que a concorrência local nos obrigasse a fazer tudo de uma vez 🙂 🙂 … No próximo fim de semana, já lá estávamos outra vez!! 🙂 🙂
You must be logged in to post a comment.