Mais um ataque ao Rio Homem …

Mais um ataque ao Rio Homem …

Depois de uma boa jornada no Rio Homem, não havia como não voltar ao ataque e logo no fim de semana seguinte!! As condições atmosféricas melhoraram ligeiramente e portanto, dei uma ligadela ao Bruno e planeamos mais um ataque numa zona que ainda não tínhamos batido. Entretanto, o Nuno Costa e o Joel também se juntaram à equipa, e como tal, resolvemos dividir os locais a bater em dois troços diferentes. Eu e o Bruno fomos explorar uma zona mais a jusante, enquanto o Joel e o Nuno ficaram com o troço onde já tínhamos estado no fim de semana passado. Começamos a malhar eram cerca das 7h30 da manhã.

Água e corrente qb, mas de qualquer maneira com as condições necessárias para permitir uma boa sessão de spinning. Eu e o Bruno apostamos desde início na tanger nº3, e os resultados fizeram-se sentir quase de imediato. O Bruno tem um toque e depois captura uma truta de mais de 25 centímetros. Um sinal animador para uma jornada que prometia!!

Com uma margem direita muito suja, fomos procurando os melhores locais para pôr a colher a rodar. Eu estava sem grande sorte, mas o Bruno teve mais um toque. Estava com a mão quente!! Passamos por uma zona com uma pequena ponte pedonal sobre o rio e avançamos para a outra margem, que parecia ter melhores condições para se pescar. Alguns lançamentos por entre as árvores e numa zona com corrente, o Bruno tira outra truta de tamanho médio. Uma truta que deu luta, mas que não teve qualquer hipótese, porque o Bruno usou a força bruta para a colocar na margem. Bastante eficaz!!

Com mais esta captura, ainda avançamos ligeiramente para montante, mas o aumento da vegetação, forçou-nos a voltar para trás e a procurar melhores locais na outra margem. Durante cerca de 20 minutos ainda pescamos a outra margem sem companhia, mas rapidamente encontramos o Joel e o Nuno, que já tinham tirado duas trutas ao minnow, de tamanho médio, e que tinham visto uma truta de mais de kilo a olhar para a amostra. Disseram-nos o local e entretanto, resolveram ir até ao Cávado.

Eu e o Bruno, sem grandes opções, resolvemos avançar ainda mais para montante a pé. Batemos a zona onde a truta grande tinha sido avistada, mas nem sinal dela. Como tal, toca a cortar mato até chegar a uma zona mais desimpedida e com uma boa sequência de poços e correntes profundas. Demorou quase duas horas a chegar lá. Muito mato de javali, muita arranhadela e muita lenha partida. Ainda paramos num poço de enorme qualidade, mas nem sinal de trutas!! Foi só parar, lançar e avançar!!

Chegamos então ao tal local prometido. Finalmente, quebrei o enguiço!! Lançamento para montante numa corrente sustentada e profunda, começo a recolher e quando a amostra vem a meio, sinto um toque, cravo e a truta aterra ao meu lado. Uma linda truta de 28 centímetros. Um exemplar providencial, numa altura em que a esperança era já muito reduzida!!

Com esta captura, as coisas animaram e o Bruno também ganhou algum alento. Entramos numa zona onde tive cinco bons toques e conseguir tirar duas trutas apenas. As trutas estavam em plena corrente e corriam ao isco da forma mais louca possível, muitas vezes dando apenas cabeçadas. Ainda tive um toque bem bom e o Bruno capturou uma truta quase com quarenta, mas a maioria eram trutas de 27 / 28 centímetros. Foi em trezentos metros de rio que estava contida toda a emoção. Fora disso, era só coar!! Cientes disso, mal terminamos este troço, resolvemos fazer os kilometros de volta ao carro para podermos almoçar. De tarde, íamos atacar outro sítio.

Terminado o almoço, voltamos à faina, numa zona com mais largura de rio, mas também com mais concorrência. Queríamos só queimar os últimos cartuchos antes de voltar para casa. O Bruno tira logo uma truta de tamanho médio nos primeiros lançamentos. Os lançamentos eram difíceis, já que as margens eram muito fechadas e havia muita madeira no rio. Não era nada fácil de trabalhar a amostra. Mesmo assim, em cada 50 metros, lá aparecia um buraco para se pescar com calma.

Chegado a um desses buracos, consegui abrir caminho até ao rio. Corrente lenta e profunda, e bom potencial. Lançamento para a outra margem, a colher desce ligeiramente com a corrente e sinto um toque. Ao mesmo tempo, visualizo um clarão branco na água. Truta!! Será que tinha sentido o ferro do anzol?? Volto a insistir. Lançamento exactamente para o mesmo local, começo a recuperar e quando a amostra entra no centro do rio, vejo uma sombra a vir de baixo e a engolir a amostra. Foi só cravar e levantar a cana. A truta ao sentir-se presa, salta fora de água e arranca para montante. Lá a seguro “in extremis” e tento evitar que se meta na margem ou rebente o fio. Ela, bem possuída, faz tudo para evitar que eu consiga levar os meus intentos a bom porto. Lá a tento segurar e saco do camaroeiro. Aproximo-me mais da margem e quando a sinto bem cansada, começo a encostá-la. Ainda dá mais umas cabeçadas e duas ligeiras corridas, mas à quinta passagem entra no camaroeiro. Uma linda truta do Homem com 40 centímetros.

Com esta captura, o dia praticamente terminou, até porque o carreto deu o berro logo a sair com o eixo a sair do sítio. Como não podia resolver o assunto ali, liguei ao Bruno e fizemos o caminho de regresso. O dia tinha corrido bem. Batemos muita margem de rio, mas também tivemos várias emoções e de grande qualidade, com o Homem a provar que continua a ser um grande rio truteiro …

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Informação sobre o autor

Pescador de trutas desde os 18 anos. Tem uma forte dedicação ao spinning com colher e peixes artificiais, tendo pescado em Portugal, Espanha e no Reino Unido. Actualmente, pesca sobretudo na zona do Minho, Gerês e Centro do país.