Durante a minha passagem pela zona do Gerês, não podia deixar de parar num dos rios truteiros onde não faltam trutas, por várias razões: o rio Rabagão. Apesar de ainda estarmos em pleno Verão, fiquei satisfeito com aquilo que observei em termos de caudal e corrente. Efectivamente, e contrariamente ao ano passado, o rio Rabagão apresentava água suficiente para manter a sua população de trutas, mesmo as de maior tamanho, já que os poços estavam em boas condições. Em termos de oxigenação, a água estava relativamente límpida e existia uma corrente consistente que se fazia sentir nas zonas com maior declive ou em pequenos açudes.
Em termos de peixe, não visualizei qualquer exemplar de truta, mas isso não me deixa muito preocupado, porque também passei pelo Rabagão na hora de maior calor e luminosidade. Possivelmente, os exemplares que ali estivessem estariam à sombra e com uma mobilidade relativamente restrita.
No global, fiquei satisfeito com aquilo que tive oportunidade de ver neste rio. O nível do caudal é claramente o aspecto mais importante já que me faz pensar, que se nada de extraordinário acontecer, não devemos ter qualquer mortalidade por falta de água até ao final do ano. Assim, só falta mesmo esperar por uma temporada de chuvas de Outono normal que permita aos rios ganharem a dimensão necessária para uma boa desova. Só está mesmo a faltar isso para se repor os desequilíbrios do ano anterior.

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