Tal como esperado, finalmente saíram os editais que vão regulamentar a pesca nas zonas de pesca profissional dos rios Lima e Cávado em 2019. A nível da pesca lúdica, mantém-se a proibição total da mesma durante a próxima temporada. À luz daquilo que já tínhamos constatado no edital do rio Vouga, apela-se ao Decreto de Lei n. 221/2015 para justificar esta proibição.
No entanto, existe uma diferença relevante destes editais relativamente aos do ano passado e também aquele que regulamenta o rio Vouga em 2019. No ponto 26 no Cávado e no ponto 27 no Lima, é referida explicitamente a permissão da pesca desportiva (totalmente sem morte) em regime de competição ou de treino, aludindo especificamente à pesca à truta, onde são impostas condições bastante definidas, que vão desde o número de anzóis, à questão das barbelas e dos tipos de iscos permitidos.
Para mais informações, nada como ler na íntegra os editais que seguem nos links abaixo:
Edital da ZPP do Lima
Como de costume, quem fez a lei tornou-a o mais complicada possível e não se percebe muito bem o que se permite … É a pesca sem morte praticada de forma individual ou terá que ser em regime de competição ou é em regime de federado que se prepara para a competição? Será que se está obrigar os pescadores desportivos a terem que fazer parte de colectividades à força para poderem exercer o direito à pesca nestes rios? Isto é razoável do ponto de vista ético ou é mais uma visão de extrema esquerda fundamentalista que tanto grassa neste país?? Seja como for, é mais um sintoma de incompetência legislativa e de gente que nada percebe de pesca e que faz as coisas em cima do joelho!!
No global, a confusão continua e parece-me que há-de continuar nos próximos tempo. A política de terra queimada do ICNF relativamente aos pescadores lúdicos nestes dois rios não traz nada de bom e põe em causa vários princípios democráticos. Convinha que a lei fosse o mais clara possível e que deixasse de lado hipocrisias de algibeira. Pesca desportiva ou lúdica sem morte num rio a saque em termos de pesca profissional?? Mas isto faz algum sentido?? Então, o profissional pode estourar sáveis à vontade e trutas que entram nos tresmalhos, e o desportivo tem que os devolver?? No mínimo, ridículo. O desportivo a devolver para o profissional matar em seguida … é mesmo coisa de terceiro mundo!!
Enfim, como não estou para me chatear, nem estou para compactuar com lógicas de esquerda fundamentalista que estão a avançar com um colectivismo imposto à força, vou continuar a riscar o Lima e o Cávado da minha lista de locais de pesca no próximo ano. Os restaurantes, bombas de gasolina e o comércio dessas zonas que arranjem outra clientela, como por exemplo: os profissionais ou os federados!! Não vai faltar gente!! Que sejam todos muitos felizes!!
Sinceramente tenho lido tanta coisa que nem sei onde e o que posso pescar! 🙂 Queria aprender a pescar, mas acho que isto está tão difícil que nem vale a pena começar! 🙁