Recentemente, tive oportunidade de passar pelo Rio Estorãos na zona concessionada e o panorama com que me deparei é aquele que consta das fotos que acompanham este post. Efectivamente, o rio apresentava um caudal médio muito abaixo daquilo que se esperava para esta altura do ano. Sintoma de que as chuvas que têm caído não são suficientes.
Adicionalmente, também é de registar o facto de que a água está bastante transparente, dificultando imenso a acção de pesca, já que a visibilidade das trutas é bastante elevada. Quanto a temperaturas, verifica-se que a temperatura da água já está a níveis primaveris e como tal é de esperar que o nível de actividade das trutas comece a aumentar de forma gradual.
Na passagem por este rio, não conseguimos visualizar nenhuma truta, mas ficamos bastante mal impressionados pela dimensão da área ardida ao longo de toda a bacia hidrográfica. Claramente uma situação muito complicada. Certamente que isto não passou em branco e que muitas trutas devem ter morrido com a lixiviação das cinzas para o leito do rio. Isto até pode não ter sido notado de imediato pelos pescadores que frequentam a concessão, já que os repovoamentos devem ter sido realizados de forma a atenuar esta situação. No entanto, num futuro próximo é natural que se venham a fazer sentir estes efeitos de forma mais vincada.
Enfim, uma coisa é certa; este ano já não pode arder mais nada. o que é preciso agora é fazer um acompanhamento mais apertado do Estorãos para garantir que não se perde mais este grande rio truteiro …
Pescador de trutas desde os 18 anos. Tem uma forte dedicação ao spinning com colher e peixes artificiais, tendo pescado em Portugal, Espanha e no Reino Unido. Actualmente, pesca sobretudo na zona do Minho, Gerês e Centro do país. 
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