Construir amostras de pesca a partir de caricas …

Construir amostras de pesca a partir de caricas …


Numa altura de crise, todos os processos que nos permitam pescar com eficácia e reduzir a nossa despesa na loja de pesca são bemvindos. Para os pescadores de trutas ao spinning, uma grande parte da nossa despesa anual incide sobre as amostras, nomeadamente sobre as colheres. São elas as responsáveis pela maioria das nossas capturas, no entanto também são aquelas que mais depressa ficam presas no fundo dos rios ou nos ramos das árvores. Muitas são as jornadas que nos ficam caras, especialmente se as nossas competências piscatórias forem reduzidas e a massa de água for dificil de trabalhar. Eu próprio, nos meus primordios, chegava a perder 8 a 10 colheres por dia, fácilmente. Isso, hoje, significa 30 euros deitados fora, e em 2011, poderá significar cerca de 40 euros. Se somarmos a isto despesas com fio, destorcedores, carretos, deslocações, licenças, etc, as pescarias começam a ficar bem caras.

Para tentar resolver o buraco financeiro que a perda de amostras traz para os nossos bolsos, existiram alguns pescadores mais engenhosos que resolveram começar a construí-las a partir de caricas de cerveja. Ou seja, básicamente a custo zero, pois ainda terá que haver alguma despesa com anzóis triplos, destorcedor e outro material. Os pescadores dos EUA foram os mais activos a este nível e rápidamente desenvolveram vários métodos de construção de amostras a partir de caricas. Esta estratégia de subsistência na pesca foi tão bem sucedida, que alguns pescadores-empresários com mais olho resolveram começar a produzir este tipo de amostras em massa e com uma marca registada. Estes fenómenos podem ser pesquisados online e dão-lhes uma ideia de como este produto tem aceitação no mercado americano.

Para aqueles que queiram tentar criar as suas próprias amostras a partir de caricas, resolvemos disponibilizar um video com todos os passos que devem ser seguidos. De todos os videos que encontramos no YouTube, este pareceu-nos ser o mais interessante, pela eficácia do método de construção que propõe e também pelo detalhe apresentado.

Mas mais palavras para quê? O melhor é verem o video abaixo.

Fica aqui esta proposta que pode ser interessante. Ainda não tentei pescar trutas portuguesas com estas amostras, nem sequer comprei nenhuma e portanto não posso comprovar que esta tecnologia funcione em Portugal. Eu tenho algumas dúvidas, mas para tirar as teimas acho que vão ter que arriscar 🙂

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Informação sobre o autor

Pescador de trutas desde os 18 anos. Tem uma forte dedicação ao spinning com colher e peixes artificiais, tendo pescado em Portugal, Espanha e no Reino Unido. Actualmente, pesca sobretudo na zona do Minho, Gerês e Centro do país.