Mais uma vez, e à semelhança de anos anteriores, realizou-se na Coreia do Sul o festival de pesca à truta no gelo, denominado de Mount Trout Ice Festival. Este festival começou no dia 10 de Janeiro de 2015 e dura três semanas, sendo organizado num rio próximo da fronteira com a Coreia do Norte na província de Gangwon-do. Este rio é o primeiro a congelar da Coreia do Sul e como tal é seleccionado para a realização deste festival.
No primeiro dia, passaram por este festival cerca de 150000 pessoas, entre locais e turistas, mas é mais do que natural que até ao final do mesmo passem por este local mais de um milhão de pessoas. O programa do festival é variado e permite não só a pesca da truta no gelo como a pesca à mão em piscina previamente montada para esse efeito. Os pescadores podem reter o peixe capturado e depois existem uns assadores especiais à moda coreana onde se pode cozinhar o peixe logo a seguir.
Esta é claramente uma tradição onde a truta tem um papel principal e sustenta a actividade de toda uma localidade durante cerca de 3 semanas. Obviamente que toda a acção de pesca que se passa na zona tem uma vertente comercial, sendo as trutas de viveiro e os lugares de pesca previamente marcados para depois serem vendidos.
A pesca à truta no gelo, apesar de parecer fácil, é verdadeiramente um desafio complexo e que gera verdadeiras paixões junto de quem a pratica. No nosso País não temos tradição deste tipo de pesca, por não termos condições climatéricas para isso, mas na América do Norte e no Norte da Europa existem verdadeiras legiões de pescadores que se dedicam a procurar os melhores locais e aperfeiçoar os melhores iscos para este tipo de pesca. Para quem tem alguma curiosidade sobre a acção de pesca e o comportamento das trutas dentro de água, segue o vídeo abaixo:
Apesar de alguns exageros no manuseio das trutas, esta não deixa de ser uma tradição que se está a tornar cada vez mais viral a nível mundial, atraindo vários turistas de diversas partes do mundo a esta localidade. Claramente, um sinal de que uma actividade como a pesca pode ser sempre reconvertida para se adaptar a novos desafios com grande potencial económico e turístico, como é o caso desta situação concreta.
Pescador de trutas desde os 18 anos. Tem uma forte dedicação ao spinning com colher e peixes artificiais, tendo pescado em Portugal, Espanha e no Reino Unido. Actualmente, pesca sobretudo na zona do Minho, Gerês e Centro do país. 
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