Como costuma ser habitual na grande maioria dos anos, também no final deste ano se realizou uma sessão de repovoamento de truta arco-íris nalguns cursos de água da Ilha da Madeira. A sessão envolveu a reposição de um efectivo de 4000 exemplares por cerca de 16 ribeiras.
A acção em curso visou sobretudo repor o stock em zonas onde a redução da população tem sido mais notória, devido a vários factores, entre os quais se incluem a pesca desportiva, a morte natural ou as doenças.
Como era de esperar num momento em que continua o debate sobre a questão das espécies exóticas, surgem várias vozes a defender a redução ou eliminação deste tipo de iniciativas. Aliás, para terem uma ideia de quais os principais argumentos à volta deste questão, nada como visualizar o vídeo abaixo:
Compreendo os argumentos contra a introdução e o repovoamento da truta arco-íris, mas penso que passados 60 anos, pouco há a remediar. Os efeitos da truta arco-íris já devem ser mais que notórios e o próprio ecossistema já se habituou a funcionar com a sua presença. O problema pode ser agora retirar este peixe, já que novos equilíbrios terão que ser encontrados e poderão não ser os melhores!!
No global, e olhando ao discurso de quem está contra os repovoamentos de truta arco-íris, acho claramente que a política de realizar estudos e criar zonas livres de truta arco-íris são apenas bons argumentos para criar trabalho artificial para os ambientalistas ou outros que precisem de ganhar uns trocos. Aliás, como “dizem e bem os nossos ambientalistas”, a pesca à truta arco-íris é muito pouco expressiva na Madeira, especialmente quando comparada com aquilo que podem ganhar se criarem uns projectos para estudar coisas sem interesse nenhum e para preservar a enguia (que pelos vistos é o único peixe da fauna local e que nunca foi ameaçada por nenhuma espécie de truta em qualquer zona do planeta!!). Ao menos, se querem justificar a sua posição, acho que devem utilizar argumentos e evidências claras!! Parece tudo muito frágil!!
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