Mais um dia 1 de Abril e mais uma tradição para cumprir. Como é costume, o planeamento começou no mês anterior e após falar com o Ivo, conseguimos ter as licenças especiais para a barragem de Sezelhe prontas e entregues por correio antes do dia. Aliás, durante o Abertruta recebi a minha licença e como tal estava tudo preparado para mais uma grande faina no dia da abertura da pesca às trutas no Gerês.
Como sempre, a expectativa era muita e teciam-se vários cenários sobre aquilo que iríamos encontrar em Sezelhe. O bom tempo da semana anterior parecia indiciar que as condições talvez estivessem um pouco diferentes relativamente ao ano passado, mas conhecendo o Barroso como conheço, havia sempre que desconfiar. Efectivamente, no dia 1 de Abril, tive oportunidade de confirmar que frio não faltava, com as temperaturas a não serem negativas, mas a andarem muito próximo disso. Portanto, a tradição de bater o dente e gelar os pés manteve-se, e a única coisa que acabou por destoar foi o nível da albufeira, que foi o mais baixo que eu já tive oportunidade de observar durante uma abertura. Quanto a pescadores, qb, com vários a dormir no local e outros a deixar as canas em estacas para marcar o lugar, provavelmente desde o dia anterior!!
Como cheguei com a cana já armada e equipada com uma Mepps Aglia, escolhi o local do costume e fiquei a marcar posição. Entretanto, as trutas iam dando sinal com vários movimentos à superfície. Sintoma de que trutas não iriam faltar, mas tudo iria depender da sua capacidade para correr atrás do isco e morder. Quando a hora legal chegou, comecei a disparar os primeiros lançamentos. Nem sinal de toques. À semelhança dos anos anteriores, parecia que elas não queriam nada com a amostra, pelo menos durante a fase inicial do dia. Assim, fui insistindo até que tive o primeiro toque. Do outro lado, começavam a sair as primeiras trutas ao bicho ou à ração. mas a ritmos inferiores ao anos anteriores. Não era nada bom sinal!
Com tanta insistência, lá consegui ter a primeira cravadela e capturar a primeira truta. Depois a segunda e depois a festa acabou. Não havia mais sinal à superfície e parecia que estava tudo parado dentro de água. Insisti, insisti e insisti até que me cansei e resolvi mudar de sítio. Fui ter com o Ricardo Lima, depois com o Ivo e o cenário não era muito diferente. Muitas poucas capturas, mas o Ivo já tinha tirado mais do que eu, bem como o Vasco, que encontrei posteriormente junto ao muro.
Sem grandes opções avançamos para o muro e começamos a pescar desde ali. Tentando várias opções de iscos e trocando continuamente, fomos tendo toques seguidos e vendo a acção das trutas. Era um espectáculo de sensações, mas o problema era conseguir cravá-las e tirá-las para fora. Em dezenas de toques, conseguiam-se duas ou três capturas, mas verdade é que nos estávamos a divertir e bem!! Portanto, ali ficamos até às 12h00 – 12h30. Por volta dessa hora, chegou o Cândido e resolvemos passar ao almoço e tratar de escolher outro local para mais uns lançamentos, até porque a trovoada estava a chegar e parecia querer entrar com força.
No global, mais uma abertura entre amigos, a desfrutar de um excelente ambiente natural e com algumas trutas de repovoamento à mistura. Muito mais gente do que no ano passado, mas mesmo assim parece-me que houve espaço para todos e ainda lá ficaram muitas trutas. Agora só resta esperar pela abertura do próximo ano, para voltar a Sezelhe 🙂 🙂
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