As grandes trutas do Côa!

As grandes trutas do Côa!






Dia de pesca em Maio de 2009, ceu ligeiramente nublado, saída para a Rapoula do Côa de Figueira de Castelo Rodrigo, às 7 da manhã – são 100 km. Nada de pressas, porque os locais atacam as trutas logo ao alvorecer e portanto as possibilidades de chegar ao local primeiro são mínimas.

Chegada à Rapoula do Côa às 8h00, nenhum carro à vista.  Rio já com pouca água a pedir material de light spinning: cana de 1 metro, linha 0,12 e amostra Mepps Aglia Tw nº1. Desço para o rio, faço os primeiros lançamentos numa corrente profunda bastante promissora, e de repente vejo dois carros e três pescadores da velha guarda. Não vale a pena! Aquilo que não apanharam com a cana, espantaram com o andamento pelas margens!

Volto imediatamente para cima, pego no carro e arranco para a zona do Sabugal, a jusante  do muro da Barragem. Faço um primeiro reconhecimento e ninguém a pescar. Pronto, era o que precisava! São 9h30, arranco, faço um troço de 2 km durante 2 horas e tiro 4 trutas; uma de 40 cm (ver foto), outra de 35, outra de 30 e uma de 25.

 Todas tiradas nas áreas onde as correntes começam a morrer para dar lugar a poços com alguma profundidade. Com o cesto já pesadinho, venho para o carro e ataco o almoço (três bocados de bola de carne) enquanto planeio o ataque da tarde.

 Decido-me por um dos meus locais secretos muito a jusante da Rapoula do Côa. Chego por volta da 13h30. Não perco tempo a lançar em zonas mortas e avanço para o secret spot que começa  num açude e se estende a um afluente do Côa. Primeiro lançamento com a amostra à entrada do açude, entra uma truta grande e o travão do carreto começa a ganir, com a truta a tentar fugir a favor da corrente. A luta é violenta durante cerca de 1 minuto e de repente a truta foge, não antes de ter mostrado o seu tamanho, cerca de 1,5 kg. Razão da perda da truta: anzol do triplo da amostra Mepps parte! Malditos carbonidis! Como é possivel a Mepps ter esta qualidade de anzóis? Uma miséria! Recupero do choque, volto a lançar várias vezes no mesmo sitio, mas nada!

Entretanto, avanço cerca de 100 metros e lanço debaixo de uns salgueiros, entra um monstro em 1 metro de água. Carreto a chiar, cana de 1 m ao alto, linha de 0,12 e toca a trabalhar o peixe de cima de um pequeno muro. Demorou 6 minutos para cansar o peixe e trazê-lo ao camaroeiro. Com a linha de 0,12 e os ramos de salgueiro a ajudar, tive que a cansar bem. No final pesou dois kilos (ver Foto). Eram 3 horas da tarde, olho para o cesto pesadinho com uma boa cauda de fora e chega! Ponho-me a andar para casa, bastante satisfeito por transformar um dia pouco promissor num dia de trofeús! Momentos mágicos que só são possiveis na pesca à truta!

Para mais sobre pesca no rio Côa (um dos meus rios favoritos), ver: http://www.trutas.com.pt/rio-coa.html

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Informação sobre o autor

Pescador de trutas desde os 18 anos. Tem uma forte dedicação ao spinning com colher e peixes artificiais, tendo pescado em Portugal, Espanha e no Reino Unido. Actualmente, pesca sobretudo na zona do Minho, Gerês e Centro do país.