Mais um final de tarde, e como sempre vontade não faltava de voltar a lançar a amostra nalguns dos sítios mais emblemáticos para a pesca à truta em Portugal. O dia tinha sido interessante, mas o facto de passar perto do Rio Neiva não podia ser deixado em branco. Estava na altura de atacar algum ponto mais quente.
À medida que ia conduzindo, ia também ponderando as minhas opções. Como entrei na zona perto dos Corvos Anais, ia seguir o Rio Neiva até à zona de Barroselas. Perante isto, a questão era aonde parar?? E sítios bons, não faltam!!
Não tardou muito a chegar a uma conclusão. Já há muito tempo que não dava uma volta em Durrães e portanto, a altura era a certa. Apesar de não ter muito tempo, conseguia sempre gastar 20 minutos para bater o açude mais famoso da zona, que fica perto da ponte de acesso à localidade. Trata-se de um sítio com muito potencial, e onde existem sempre trutas. Às vezes, também se encontram por lá alguns exemplares de grande tamanho.
Mantive o material de light spinning que trazia de pescarias anteriores e fiz rapidamente o caminho para o moinho de água. Os primeiros lançamentos saíram logo para montante, acima do muro do açude. Primeiro, perto da minha margem e depois, a tentar distâncias mais longínquas. No entanto, nada mexeu. Pareceu-me ver uma ou duas trutas a mosquear, mas nada.
Perante isto centrei a minha atenção, na zona para jusante do açude. Forcei vários lançamentos na corrente, mas também não houve uma resposta positiva da parte das trutas. É que nem sequer cheguei a ver nenhuma a mexer. Enfim, parecia que tinha perdido tempo.
De qualquer forma, não estava convencido e voltei à zona a montante do muro do açude. Resolvi forçar a distância dos lançamentos ao máximo, tentando passá-los por debaixo dos ramos das árvores. Logo ao primeiro lançamento, tenho sucesso. Consigo passar a amostra por baixo dos ramos e mal ela começa a rodar, trás!! Tinha uma truta cravada. Ela não estava com meias medidas e saltou fora de água. Lá a deixei brincar, até porque a truta não tinha grande tamanho e quando a senti cansada, puxei-a para mim. Com calma, deitei-lhe a mão e capturei mais uma excelente truta de 19 cm do Rio Neiva. Um lindo exemplar que rapidamente devolvi à água e que pode ser visto ainda dentro de água na foto abaixo.
Fiquei imensamente satisfeito com esta captura. O dia não era de todo o ideal para tirar trutas naquela zona, pois o sol e o calor dificultavam a acção de pesca. Mesmo assim, tinha sentido o prazer de tirar ali uma truta para recordar os velhos tempos. Era só mesmo isso que eu queria 🙂
Nos últimos 10 minutos, ainda avancei um pouco para montante para verificar como estavam as coisas. Apesar de as margens estarem quase impossíveis, ainda fiz alguns lançamentos e vi uma boa densidade de peixes, com algumas trutas de bom tamanho, mas estas últimas com um comportamento extremamente furtivo.
Era isto que eu queria. Durrães continua a ser um ponto de grande qualidade para desfrutar de uma excelente jornada às trutas. A densidade mantém-se a níveis relativamente estáveis e a boa capacidade dos açudes garantem a existência de alguns exemplares que assombram os pescadores de trutas que por ali andam. Basta lá ir no dia certo à hora certa para fazer uma pescaria de sonho 🙂 🙂

Boas Mario,
Ja ha muito que esperava por um post sobre esta zona. Alias é a zona onde incio e termino as minha pesca por ser proximo da casa dos meus sogros. Sem duvida que este local é um local misterioso para pescar mas tambem de elevada dificuldade pelas margens e vegetação envolvente. Mas ha dias em que vale bem apena o esforco como relatado aqui no post.