Já muito tem sido dito sobre a pesca à truta no Rio Vez. É um rio com condições espectaculares para a prática da pesca desportiva, com umas águas de uma pureza incrível e onde crescem trutas de bom tamanho, e extremamente furtivas. Muitos são os pescadores que nascem nas proximidades deste rio e ficam irremediavelmente presos e fascinados pelas suas trutas para o resto da vida.
Este é o caso do Diogo Novais. Um brilhante pescador do rio Vez, que tem crescido ao lado das margens do rio e que alimentado pelo fascínio da pesca à truta, resolveu abraçar a possibilidade de realizar um estudo aprofundado sobre a biologia, ecologia e pesca desportiva da truta no Rio Vez. Trata-se de um estudo de cariz cientifico realizado em 2012 no âmbito do Mestrado em Ciências do Mar promovido pelo Instituto Abel Salazar.
Uma parte do estudo foi realizado com base na pesca desportiva ao spinning, usando uma colher Mepps dourada nº2. A outra parte foi realizada com base na pesca eléctrica. As informações obtidas são de uma qualidade impressionante e permitem-nos um conhecimento muito mais abrangente sobre o que o rio Vez nos oferece em termos experiência de pesca à truta. A análise é exaustiva e o conhecimento que daqui se retira, pode permitir, não só melhorar as jornadas de pesca para quem frequenta esta massa de água, mas também ter uma postura mais esclarecida sobre o impacto que a nossa acção tem neste ecossistema.
Para conhecerem mais sobre este estudo, podem consultá-lo no link abaixo:
Estudo sobre pesca à truta (5MB)
Este é claramente um legado importante para a comunidade dos pescadores desportivos do rio Vez e para as autoridades competentes que fazem a gestão deste rio. Creio que deve ser um ponto de partida para uma gestão mais esclarecida e que vise a preservação das populações de truta comum. Continuar a fazer as coisas como antes, só porque tem sido assim, não me parece solução viável para os tempos que atravessamos.
Como o estudo comprova, a população mais saudável de trutas do Vez está na zona de pesca reservada. A pressão de pesca é controlada e isso faz-se sentir ao nível da densidade de trutas e dos respectivos tamanhos médios. Penso que esta informação é valiosa e deve assistir a definição de uma nova lei para a pesca à truta. Há que proteger zonas sensíveis dos rios para permitir a sua sustentabilidade. A permissão da pesca livre em qualquer zona, não é uma politica que possa ter bons resultados no médio e longo prazo. As zonas preferenciais de desova e criação de alevins devem ser interditadas à pesca.
Finalmente, aqui ficam os nossos sinceros agradecimentos ao Mestre Diogo Novais, que teve a gentileza de permitir a divulgação da sua tese neste site. Um forte bem haja e muitas felicidades e sucessos para o futuro. A ver se nos encontramos brevemente nas margens do Vez 🙂

O link não esta a funcionar:(
Ainda agora tentei … e estava a funcionar.
Não terás os pop-ups bloqueados?
O link tem que abrir numa janela nova.
Abraço,
Ja consegui ler o estudo, achei muito bom mesmo, tenho que felicitar ao Diogo Novais pelo excelente trabalho.
Muito curioso a parte onde fala dos tamanhos das capturas que abrange as colheres nº 2 e o uso de colheres mais pequenas.
Ainda bem que conseguiste aceder ao estudo 🙂
Considero este estudo um verdadeiro tratado sobre a truta do Vez, com uma vertente bastante importante sobre a pesca desportiva, na vertente spinning. Acho que é um excelente ponto de partida para uma gestão mais cuidada da pesca desportiva no rio Vez e para outros estudos que possam aprofundar ainda mais o nosso conhecimento sobre as trutas deste grande rio.
O trabalho que aqui está feito é sério e não pode simplesmente ficar arquivado nas bibliotecas cheias de pó das nossas universidades. É preciso dar-lhe seguimento de forma activa! Era isso que eu gostava de ver, para termos mais e melhor pesca desportiva às trutas no Rio Vez 🙂
Abraço,
Uma curiosidade que me saltou a vista…as condições climatéricas e de cor de água em que foram realizadas mais capturas…
Abraço