Depois de uma tarde de abertura carregada de emoções na Barragem de Pisões, fiquei com vontade de repetir a história e como tal fui planeando um regresso. Durante o nosso convívio fui falando no assunto e rapidamente se começou a juntar companhia. Assim, e passado uma semana, eu e o Ricardo resolvemo-nos fazer à vida.
Apesar de o dia previsto não ser dos melhores, devido ao forte vento e à claridade, achamos que valia a pena tentarmos a sorte. Começamos o dia na Barragem de Venda Nova e no Rio Rabagão, e já por volta das 13 horas, resolvemos rumar aos Pisões.
Preparamos o material a rigor com iscos pesados, o Ricardo com um rapala Countdown TR de 10 cm e eu com um X-Rap RT de 6 centímetros. Mal nos dirigimos à barragem, deparamos com um cenário completamente diferente do da abertura. A Barragem estava muito mais cheia e o espaço de pesca era mais reduzido. Pareceu-me logo demasiada água para andar às trutas, especialmente num dia de sol. Enfim, como já estávamos ali, tínhamos mesmo é que começar a coar água. Poucos pescadores se viam nas margens e isso ainda mais nos punha desanimados.
Arrancamos da saída da conduta de água de Sezelhe, direitos à saída de duas linhas de água, em frente aos viveiros. Mesmo com pouca esperança, as coisas começaram a correr bem. O Ricardo que estava a cerca de 20 metros de mim, tirou logo duas boas trutas fário nos primeiros 15 minutos de pesca. Uma mediu 30 centímetros e a outra 28 centímetros. Picaram uma a seguir à outra no Rapala de 10 centímetros que ele pensava que não ia dar nada!! Mas deu …
Depois das fotos da praxe, ele devolveu ambas as trutas à água. Aquelas tinham tido sorte. Deviam ser das poucas com sorte na Barragem dos Pisões!!
Com estas primeiras capturas, achamos que o dia poderia animar, mas precisamente o contrário aconteceu. Andamos a coar água durante mais de 4h30. Batemos todos os cantos de forma intensiva. Trocamos várias vezes de amostra. Mas desde as capturas até à saída dos ribeiros junto ao viveiro, não tivemos nem toque. Mesmo em zonas que considero espectaculares. Foi uma autêntica peregrinação inglória. Pisões estava naqueles dias em que nada mexia ao spinning!!
Passadas várias horas de esforço, o Ricardo teve que se ir embora e eu ainda forcei a nota. Na zona onde iniciamos, resolvi tentar um canto onde me parecia que as coisas se podiam alterar. Logo nos primeiros lançamentos, tive um toque forte, mas nada cravou ao rapala. Depois troquei para Mepps Aglia nº1 e resolvi avançar para jusante. Num canto voltei a dar com uma concentração de trutas fario. Primeiro vi uma a sair da margem e a dar uma corrida atrás da amostra. Fez isto duas vezes, mas não abriu a boca como deve ser. Depois mais à frente, e numa zona onde tinha visto alguns peixes a mosquear, consigo cravar uma, quando a amostra já vinha chegar à margem. Um pequeno exemplar, mas com umas cores bonitas.
Depois desta captura, e de ter libertado a truta, ainda vi mais duas a vir atrás da amostra, mas eram do mesmo tamanho. Ainda insisti até a um pequeno promontório, mas mais nada mexeu.
Já eram 19 horas e o frio tinha começado a entrar. Estava na altura de voltar ao Porto. Desta vez, o dia foi da pesca, mas brevemente poderá voltar a ser do pescador 🙂 🙂

Boas!
Faz algum tempo que descobri este site e desde então que venho seguindo os posts que por aqui são publicados…
Há cerca de duas semanas passei por esta barragem, não vi qualquer sinal de trutas. O mesmo aconteceu com os poucos pescadores com que me cruzei naquele dia.
Vi bastantes carpas mas não despertou mais que a curiosidade face ao grande número do cardume que avistei junto à margem.
Vim mais tarde a saber que normalmente as grandes trutas nesta barragem saem em boa parte em função da vontade dos donos dos restaurantes da zona. Tal quis-me parecer que pagam no viveiro para que se liberte exemplares para manter o chamariz e as romarias para aquele local.
Seja como for, não há nada como sentir uma boa truta na outra extremidade da linha…
Cumps.