Depois de um início de abertura em grande, cuja história ainda não foi contada, resolvemos visitar um rio que já há muito tempo não era pescado; o Gadanha. Com condições normais em termos meteorológicos, não esperávamos encontrar o rio com um caudal muito forte e como tal as condições poderiam estar razoáveis para pescar ao spinning. O único problema que não conseguíamos antecipar era o número de pescadores que poderiam estar a pescar neste rio. Como é um rio relativamente pequeno, as trutas estão sempre atentas e conseguem perceber a passagem dos pescadores na margem, especialmente daqueles que andam à minhoca e que não têm outra opção senão encostar à margem.
Escolhemos o troço final do Gadanha e chegamos ao local por volta das 12 horas. Vimos dois carros parados perto da ponte sobre o Gadanha e vimos logo que concorrência não faltava, até porque um deles tinha matrícula espanhola. Eu e o Torres mantivemos o equipamento de heavy spinning que trazíamos do Minho e toca a atacar o Gadanha. Chego primeiro ao rio, mesmo junto à ponte, lanço a 10 metros da margem, o lançamento cai perto de uma raiz afundada numa corrente profunda de areia, começo a recuperar e mal a colher roda dentro de água, vejo uma truta a atacar e cravo imediatamente. Ela salta fora de água duas vezes, tento segurá-la, mas ao terceiro salto cuspiu a colher. Era uma truta com cerca de 28 centímetros e que nos colocou logo em estado de sítio. Era um bom prenúncio.
Com o caudal médio, correntes com força razoável, boas profundidades nos açudes e temperatura da água média, estavam reunidas as condições para se tirarem umas boas trutas. Palmilhamos o rio durante cerca de 1 hora e meia. Já tinha passado gente à nossa frente, pois as pegadas eram visíveis desde o início do troço, mas mesmo assim estávamos confiantes.
No entanto, a confiança foi esmorecendo. Em zonas pontuais, comecei a visualizar três a quatro trutas coladas ao fundo e a mexerem muito pouco atrás da amostra. Isto em dois poços mais fundos. Sinal de que já estavam assustadas. Efectivamente, o rio nesta zona tem uma dimensão curta e as margens são tão acentuadas que os pescadores acabam por se mostrar na passagem.
Ainda fomos até à ponte seguinte, mas o cenário era mais do mesmo e não nos dava muitas opções. Tivemos que mudar de local. Ainda conseguimos chegar à fala com dois ou três pescadores que tinham pescado o Gadanha. Todos eles estavam à minhoca e entraram no mesmo troço antes de nós. As capturas saldaram-se por duas ou três trutas de pequeno tamanho que foram devolvidas à água, segundo eles. Enfim, sinal de que as maiores ainda lá ficaram e que provavelmente tenho que lá voltar num dia especial para colocar aqui umas fotos de trutas do Gadanha!! 🙂 🙂
Boa noite O rio Gadanha ja nao esta coutado por lotes?
Ou concessionado?
A concessão terminou no ano passado e não foi renovada.