Após uma primeira incursão de pesca no Alfusqueiro, estava na altura de voltar à base (Barragem do Cortez) e começar a organizar o convívio programado, nomeadamente: a pescaria e o almoço. Para tal, iríamos dar as boas vindas a todos os participantes com um petisco de entrecosto e posta mirandesa grelhada, servida em conjunto com Broa de milho típica da região e regada com vários tipos de refrigerantes e vinhos, incluindo o famoso e premiado “Ladeira da Santa” do Prof. Arlindo Cunha. Foi com agrado que verificamos que todos os participantes já estavam presentes e como tal foi fácil preparar toda logística. Em cerca de 30 minutos, terminamos o petisco, ficamos a conhecer melhor alguns dos participantes e avançamos então para a pescaria propriamente dita.
A ideia central da pescaria era bater um troço para montante do muro da Barragem do Cortez, utilizando diversas técnicas de pesca e conversando sobre iscos, trutas e modos de pesca. Interessava mais a camaradagem do que o resultado final da pescaria.
Apesar da chuva miudinha que caia na zona, a zona da Barragem não apresentava muito água. Isto porque a comporta estava aberta e como tal a água não tinha tempo para assentar. Mesmo assim, ainda tínhamos uma profundidade bastante razoável nos 100 metros para montante do muro. E foi exactamente nesse local que saiu a primeira truta do dia, às mãos do Dr. Jesus (nosso PingoDoce) que fez jus à sua grande capacidade para escolher as amostras mais adequadas para as trutas do Alfusqueiro. Logo nos primeiros lançamentos, e por entre os pilares da ponte, tirou uma bela truta indígena do Alfusqueiro com cerca de 27 cm. Um excelente exemplar com grandes pintas negras que tive a oportunidade de ver passados alguns minutos.
Entretanto, eu comecei a pescar com um Storm de 3 cm com cor truta arco-iris. Escusado será dizer que não tive nenhum toque, nem vi qualquer truta nos meus primeiros lançamentos na Barragem. Por sua vez, o Miguel Pereira estava a pescar com colher. Formamos uma equipa a dois, e fomos batendo para montante, já no encalço de vários pescadores: o Sr. Arlindo, o Dr. Jesus e o Rui e o irmão. Obviamente, que o peixe que fomos vendo já estava bem tocado e não queria nada com a amostra. Ainda troquei o Storm pelo Rapala CD-3 RT, mas também pouco consegui. As trutas já estavam muito bem escondidas.
Efectivamente, o Sr. Arlindo já tinha passado pelo trilho que estávamos a percorrer e fez bastante estragos. Segundo ele, saíram três trutas razoáveis e picaram outras tantas de tamanho mais pequeno. Portanto, e após cerca de 1h30 de pesca, a força começou a esmorecer. Ainda vimos o Rui e o irmão dentro do rio a lançar continuamente e a tentar fazer as trutas morder. Claramente uma imagem épica de quem já está viciado na pesca à truta. Foi com agrado que verificamos o seu entusiasmo, apesar de não terem tido nenhum toque.
Enfim, com o almoço já em vista, ainda fizemos mais um ou dois poços, mas sem resultado. Já eram 13h30 e a vontade de voltar ao parque de merendas era mais que muita 🙂
Apesar da pouca produtividade desta jornada, fiquei bastante agradado com as condições do local. A existência de alguns poços de boa dimensão e a presença da barragem são garantia de bons exemplares, especialmente em dias de chuva forte e de maiores caudais. Vislumbrei algumas trutas pequenas a correr atrás da amostra e vi algumas de maior tamanho a comer à mosca. Todas se pautaram por uma enormidade furtividade, o que é claramente sintoma de que a pressão de pesca tem-se feito sentir. Este é um local que vale, não só pela possibilidade de se fazerem grandes pescarias, mas também pelas excelentes infraestruturas de apoio ao convívio e à pesca em família. É claramente um local a visitar para tirar umas trutas ou para conviver com a família e amigos, usando o tema da pesca. Foi isso que nós fizemos 🙂

Para o ano tou la eheh
Parabéns á organização!
Boas!
Eu sou suspeito a falar do Alfusqueiro…mas o local onde estivemos é bastante agradável, e tem excelentes condições para pescar umas boas trutas! Aquela albufeira deve esconder algo de especial!
Abraço