Tarde do dia 2 de Agosto de 2011. Depois de uma manhã de pesca na zona do Porto da Carne, estava na altura de visitar rapidamente um pequeno troço imediatamente a jusante da Ponte da Mizarela. O céu limpo e o calor da tarde, por contraste com a manhã encoberta e fresca, não permitiam grandes veleidades e certamente que as poucas trutas activas estariam no topo das correntes. Enfim, havia que tentar a sorte.
Mais uma vez, a ideia era pescar um pequeno troço imediatamente a jusante da Ponte da Mizarela, tentando aproveitar alguns dos poços generosos que existem naquela zona. Cheguei ao local por volta da 15 horas e o calor já era bastante … a temperatura já andava nos 30 graus. Peguei no material de light spinning e resolvi então atacar a zona, pescando para montante.
Os primeiros lançamentos surgiram de imediato num primeiro poço procurando posicionar a amostra na zona com mais sombra ou corrente. Atendendo à luminosidade da tarde e ao calor que se fazia sentir, era nesses locais que eu esperava encontrar algumas trutas em actividade. E não me enganei 🙂 Logo nos primeiros lançamentos, levei três toques e tive uma truta com a medida presa, que depois se soltou quando já estava a chegar aos meus pés. Era claramente um bom presságio …
Entretanto, resolvi avançar para a corrente de entrada no poço. Subi a uma grande pedra e olhei para baixo … via sobretudo bogas e barbos a mexer no fundo à procura de alimento. Resolvi então lançar mesmo para o início da corrente, onde existia um espaço de 20 cm entre dois ramalhos. O primeiro lançamento saiu-me curto e nada mexeu. O segundo caiu mesmo no local desejado e mal comecei a recuperar, levei uma boa pancada. Já tinha truta na ponta da linha e com vontade de lutar. Ela arrancou para jusante e eu, a cerca de 5 metros de altura, lá a deixei ir, procurando manter a tensão na linha. Deu mais uma ou duas corridas, mas rapidamente se começou a cansar. Pus-lhe a cabeça fora de água e procurei que ela se acalmasse. Quando notei que já não tinha muita força, resolvi testar o 0,12 ao limite e levantei-a a peso. Correu bem! Chegou rapidamente às minhas mãos … este belo exemplar do Mondego com 24 cm. Que linda truta!
Animado pela captura, avancei mais para montante e em 15 minutos bati todos os poços até à Ponte de Mizarela. Com o caudal em baixo e com correntes moderadas, deparei-me sobretudo com escalos e bogas. Mesmo em zonas ideais para a truta, parecia que as mesmas não estavam por lá. Os lançamentos procuraram sempre ir de encontro ao melhores lugares para elas, mas nada mexeu.
Enfim, com o calor a apertar e depois de uma boa captura, achei que não valia a pena insistir naquela zona. A densidade de trutas não era tal alta como eu poderia pensar após os primeiros lançamentos, portanto decidi retirar-me e deixá-las ganhar corpo para o ano. Certamente que alguns bons exemplares nem se mexeram quando viram a amostra 🙂 Assim espero!

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