Numa visita à loja de pesca do Ferraz em Viana do Castelo, foi-me apresentada esta opção nacional em termos de linhas de pesca para o spinning: a Victoria Pro River V da marca Amorim detida pela J. Amorim Dias e Quelhas de Matosinhos. Produzida pela Toray no Japão, esta é uma linha que apresenta como maiores qualidades: a falta de memória, a elevada resistência ao nó e à abrasão, e o excelente comportamento em lançamentos longos. Está disponivel em bobines de 300 metros e a versão que compramos em 0,18 mm tem uma cor amarelada para permitir um maior controlo da linha durante o lançamento e recuperação. A resistência da linha está referenciada relativamente ao peso do peixe que pode ser pescado (ver figura) e está muito abaixo dos valores apresentado por outras linhas conceituadas como a Trabucco (peixe de cerca de 10kg para 0,18).
O preço de tabela de €12,6 não nos parece excessivo relativamente à resistência da linha e ao facto de a bobine ser de 300 metros. De qualquer forma, e como irei utilizar esta linha pela primeira vez, consegui um desconto razoável e apenas paguei €9 pela mesma. Apesar da sua baixa resistência relativamente à concorrência directa, o principal argumento que me levou a adquirir esta linha foi o testemunho de um pescador relativamente à sua boa performance e elasticidade. Como tal, estou a reservá-la para um teste intensivo no dia 1 de Abril (Abertura das trutas nas Barragens). Espero que não me arrependa 🙂
À medida que tiver novidades sobre esta linha, irei deixando comentários a este post. Se também tiverem alguma experiência com a mesma, agradeço que deixem o vosso testemunho. Obrigado e boas pescarias!

Este fim de semana, realizei o primeiro teste com o carregamento da linha na bobina e com os primeiros lançamentos ao rapala. A impressão é que a linha victoria apresenta um bom nível de elasticidade e um baixo nível de memória. Enchi a bobina até ao limite e após a primeira centena de lançamentos, nem uma peruca ou deformação na linha. A nível do trabalhar do rapala, verifiquei que a linha apresentava uma rápida resposta aos toques de cana. Para já, o desgaste é praticamente inexistente. Com mais sessões de pesca, poderei avançar com um relatório mais concreto e completo, nomeadamente em termos de resistência.
Quando tiver mais novidades sobre esta linha, voltarei a comentar.
Com mais uns lançamentos em cima, começamos a ter uma ideia mais clara do potencial desta linha.
Em termos de resistência, parece-nos que tem um performance inferior às linhas mais conceituadas do mercado como a Trabucco, a Asari, a Asso, etc. Numa situação de ruptura, a linha partiu sem grande dificuldade com aquilo que nos pareceu uma força na ordem dos 2 a 2,5 kg.
A nível de memória e torção, a performance da linha foi razoável após vários lançamentos com colher sem destorcedor. Notou-se algum incremento de rigidez na linha, o que reduziu claramente a distância máxima de lançamento, mas sem degenerar na formação de perucas.
A elasticidade tem-se mantido a bons níveis, não se traduzindo em menor eficácia na cravagem.
No global, parece-nos que a linha tem uma performance média. no entanto, claramente abaixo daquela que observamos nas marcas mais conceituadas, sobretudo ao nível de resistência. Olhando ao compromisso preço-qualidade, a proposta parece bastante equilibrada para quem pratica uma pesca casual e não gosta de investir em material caro.
Após mais umas centenas de lançamentos em cima, confirma-se o baixo nível de resistência à ruptura desta linha, especialmente com uma utillização regular. Numa saída no Douro, e após ter cravado um bom peixe (achigã ou lúcio), a linha cedeu com uma força na ordem dos 2 a 2,5 kg. Este facto confirma a minha perspectiva de que a linha apresenta prestações médias e portanto serve para uma pesca descontraída. Para maiores níveis de exigência, tem que se abrir os cordões à bolsa.
Mas lá está … o que se gasta a mais em linha, muitas vezes poupa-se depois em amostras 🙂