Mais um dia a acordar cedo e toca a fazer caminho até ao Rio Lima à procura das trutas. Com o céu enevoado e a possibilidade de cair alguma chuva, pensei que as trutas estivessem relativamente activas. No entanto, tudo iria depender também do caudal do rio e, sobretudo, do débito da Barragem de Touvedo.
Cheguei ao meu local de pesca por volta das 6 horas da manhã. Tal como esperado, o rio estava com um caudal baixo e estavam reunidas as condições para as trutas estarem relativamente activas. Preparei o material de heavy spinning e em menos de 10 minutos, já estava a lançar num final de um poço. Logo aos primeiros lançamentos, notei que havia alguma actividade na água. mas não sabia exactamente o que andava a mexer. Truta não era, porque o comportamento era diferente.
Lá fui coando água, e passada a primeira meia hora, vejo um peixe a seguir a colher e a desviar-se à última da hora. Era uma boa savelha. Lá no insisti no local, a ver se o cardume queria responder, mas nada disso. Foi apenas caso único.
Convencido de que poderia ter sorte um pouco mais a montante, lancei para a outra margem numa zona de pouca profundidade, e mal comecei a recuperar, notei uma leve força do outro lado. Cravei e senti peixe a fugir na lateral. Lá o tentei segurar como pude, mas o peixe estava bem endiabrado. Deixei-o levar alguma linha e quando parou um pouco, comecei a arrastá-lo para mim. Vi o brilho a cerca de 20 metros e concluí que se tratava de uma savelha. Lá a trabalhei com calma e em pouco menos de 1 minuto, já estava ao meu lado. Uma linda savelha de 45 centímetros que foi prontamente libertada, por questões legais 🙂 🙂
Após esta captura, lancei várias vezes no mesmo local, mas sem resultados. Parecia que tinha sido exemplar único. Perante isto, avancei ligeiramente para montante e parei à entrada de mais um poço. Mesma sequência de lançamentos e nada!!
Com o tempo a avançar e sem sinais de peixe. Resolvi mudar de sítio e peguei no carro. Ia bater uma sequência de poços a jusante. Lá entrei no local com calma. Primeiros 10 lançamentos e nada! 11º lançamento, a amostra começa a rodar e vejo um brilho ao longe. Noto a linha a andar de lado e cravo imediatamente. Tinha cravado outra boa savelha. Mais uma luta endiabrada, lá a consigo manobrar para longe de uma lenha seca e em pouco menos de 2 minutos acaba por entrar no camaroeiro. Mais uma linda savelha, esta com cerca de 50 centímetros. De volta para a água …
Com mais um poço para bater, resolvi apressar o andamento e fui para uma entrada de água no rio. Senti alguma movimentação no final do poço, mas foi no centro do poço que surgiram uma série de pequenos toques na amostra. Infelizmente, não consegui cravar em nenhuma situação. O peixe andava a brincar com a amostra.
Com alguma perplexidade, avancei para a entrada da corrente no poço. Primeiro lançamento e mal a colher começa a rodar, cravo outra boa savelha com mais de 45 centímetros. Ela bem tentou fugir, mas os triplos da colher não deram tréguas. Depois de alguns saltos e cabeçadas, acabou nas malhas do camaroeiro para depois ser libertada.
Com esta captura, e sem trutas no horizonte, achei que não valia a pena continuar. Tinha que tentar outro rio, e portanto resolvi mudar imediatamente de localização. Apenas as savelhas andavam a comer, mas não era esse o meu objectivo principal. De qualquer forma, foi sempre bom comprovar que ainda existe uma boa densidade deste tipo de peixes no Lima …
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